Muitos não sabem, mas os famosos Smurfs chegaram ao Brasil com outro nome, bem mais próximo da maneira pela qual são conhecidos na Bélgica. Em seu país de origem, eles são chamados de Les Schtroumpfs. Imitando a mesma sonoridade, ganharam a denominação de Strunfs em terras tupiniquins. Foi assim que, em 1975, estes míticos seres azulados desembarcaram por aqui, graças à extinta Editora Vecchi. O começo nacional dos Strunfs se deu através de álbuns e de uma série mensal de gibis.
Para quem não conhece a história de nossos queridos heróis, os Strunfs foram criados pelo desenhista belga Peyo. Eles apareceram pela primeira vez, em 1958, numa aventura de Johan et Pirlouit. A história se chamou La flûte à six trous (A Flauta de 6 Buracos) e foi editada no semanário Spirou. Em 1959, passaram a ter suas próprias edições.
Foi na década de 1980, entretanto, que os Strunfs se popularizaram bastante, graças à uma série em desenhos animados produzidos pela Hanna-Barbera Productions. Esta saudosa empresa americana de animações achou que o nome Smurfs soaria bem melhor do que Schtroumpfs, já que o novo programa seria exibido em todo o mundo. A ideia pegou e fez com que os rebatizados Smurfs ganhassem o planeta, inclusive com filmes posteriores para o cinema que fazem muito sucesso hoje em dia.
Por aqui, os azulões andam meio esquecidos, sendo editados esporadicamente no formato de álbum, pela L&PM, quando algum de seus filmes dá a cara no cinema.
Lá fora, a coisa é bem diferente e nossos queridos amigos ganharão uma sensacional exposição em 2018 para comemorar seus 60 anos de existência. O evento, que chegará a Paris em 2019, será interativo, com material em 3D e exibição de pranchas originais. Depois, irá para a Suíça e para outros países europeus. E a festa de celebração de criação dos Strunfs continuará em 2018, através de diversos eventos espalhados pela cidade de Bruxelas.
Além disso, o sexto álbum da série, O Cosmostrunf, ganhará em maio uma tiragem de luxo, editada por GOLDEN CREEK STUDIO em formato gigante, que terá o vertiginoso preço de 175 euros, valor que jamais poderia ser cobrado no Brasil por qualquer quadrinho que fosse.
Nessa aventura de 1970, a vida parece ser normal para todos na aldeia dos Strunfs. Para todos? Claro que não! Um deles olha o céu com desejo de ir a seu encontro. Ele sonha em viajar pelo espaço para conhecer estrelas e planetas. Então, decide construir um foguete e se lançar na empreitada. A foto que mostramos logo após a capa da novidade dá uma ideia de como era o engenho feito pelo visionário.
O álbum tem como público-alvo os endinheirados europeus que terão condições de encarar a bagatela.
Imagens : © GOLDEN CREEK STUDIO / Peyo