Desde que a coleção ASA/Público dos Túnicas Azuis, correspondendo a uma leva total de 15 álbuns dos 60 títulos que existem em francês, ando bastante empolgado pela série, que não mereceu minha atenção nos anos 1980, quando essa foi editada pela Martins Fontes, entre 1985 e 1986.
Meu interesse atual por esse quadrinho é tanto, que resolvi construir duas estátuas da dupla em Durepox, a partir de uma ilustração presente no fim dessas novas BDs portuguesas, na qual os dois aparecem lado a lado. Blutch está com as mãos nos bolsos, aparentemente assoviando, enquanto Chesterfield se apresenta desconfiado, com uma das mãos na boca.
Tem sido um trabalho intenso e calculo que toda a empreitada possa levar dois meses. Até mesmo colocar as esporas das botas e unir orelhas ao rosto das modelagens são processos delicados e demorados! Como já expliquei anteriormente, parto dos pés e vou subindo! Cada parte é feita isoladamente! Nesse momento, acerto os últimos detalhes da jaqueta de Blutch, da boca e da parte de trás de sua cabeça.
Antes de mostrar em que pé anda a modelagem, vou contar um pouco a respeito dessas icônicas figuras do quadrinho franco-belga, ainda bastante desconhecidos no país.
Os heróis foram criados em 1968 pelo desenhista Louis Salvérius e pelo roteirista Raoul Cauvin para a revista Spirou. Passaram a ser desenhados por Willy Lambil, depois de 1972, após a morte de Salvérius. Os Túnicas Azuis substituíram Lucky Luke, quando o cowboy criado por Morris deixou Spirou.
As engraçadas aventuras do Sargento Cornélius M. Chesterfield e do Cabo Blutch, no melhor do estilo caricato europeu em quadrinhos, se passam na época da Guerra Civil Americana (Guerra de Secessão), conflito que opôs o Norte (Yankees) ao Sul (Confederados).
Agora que você já sabe quem são Os Túnicas Azuis, veja as fotos que tirei hoje de nossos amigos, lembrando que essas e outra imagens inéditas desse grande desafio farão parte de uma edição do Papo Franco-Belga.
Por PH.