Em junho de 2016, saiu na França mais um volume da Nova temporada de Michel Vaillant, novamente com texto de Denis Lapière e Philippe Graton, desenhos de Marc Bourgne e cenários de Benjamin Benéteau. As cores desta BD ficaram a cargo de Christian Lerolle.
Renaissance dá sequência à HQ Collapsus, que chegou a sair em português, pela ASA, no fim de 2015.
Na trama dessa nova publicação, a empresa Vaillante foi completamente desmantelada por Slate, que tirou os emblemas tradicionais da marca e os trocou pelos seus. Vaillante não existe mais!
Jean-Pierre, o irmão de Michel Vaillant acabou sendo o grande responsável pela catástrofe que destruiu o império de sua família. Desejando que sua companhia ganhasse novos mercados com a compra da Leader, ele foi enganado num golpe milionário. Sentindo-se vergonhosamente responsável por sua ingenuidade, Jean tentou se matar e está entre a vida e a morte em um centro médico cirúrgico dos Invalides, em Paris.
Michel Vaillant, traumatizado por não ter podido fazer nada por seu irmão, abandona tudo para pilotar caminhões nas estradas lamacentas de Kivu, na África. Lá, ele faz o que pode para levar uma vítima de um acidente para um hospital, tentando desesperadamente salvar sua vida e perna, esmagada por um caminhão que caiu sobre ele. O homem se salva! Agradecida, a família do acidentado dá a Michel um poderoso amuleto da sorte que poderá ser-lhe útil no futuro. Não pude deixar de me lembrar do fetiche da tribo Arumbaia que aparece em O Ídolo Roubado (A Orelha Quebrada), aventura de Tintin, quando vi o estranho objeto.
Enquanto isso, Françoise decide que a Vaillante deve começar do zero. Com a ajuda do Tio Benjamim, ela compra dois carros elétricos. Ao mesmo tempo, é numa simples garagem em que o filho de Michel (Patrick), momentaneamente numa cadeira de rodas, e o seu bando da New Future se preparam para a Fórmula E e para o primeiro Grande Prêmio Elétrico pelas ruas de Paris. Para que a empreitada dê certo, todos precisam convencer Michel a recuperar sua autoestima e a voltar para as pistas, enquanto seu irmão está em coma. O famoso corredor contará com a ajuda do velho amigo Steve Warson, também se lançando em campanha política nos Estados Unidos, como membro de sua equipe.
Sejam bem-vindos a essa nova e interessante fase de Michel Vaillant, com novo traço e histórias emocionalmente mais densas, onde as provas das quais o piloto participa e a grande velocidade que alcança não dominam o roteiro.
Ficou tudo mais humano! Estou gostando muito!
E para incrementar a leitura, ainda conferi um exemplar especial, com um autógrafo ilustrado irado que o amigo Pedro Boça consegui em Paris para mim!
Por PH.
