Quadrinhos

Num fôlego editorial inédito no Brasil, SESI-SP lança o premiado Spirou de Émile Bravo, O Diário de um Ingênuo

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Escrito por PH

sem-tituloÉmile Bravo é um desenhista e ilustrador bastante conhecido na Europa. A origem do artista é espanhola, apesar dele ter nascido na França em 1964. Sua arte é bastante influenciada pela Ligne Claire, estilo popularizado por Hergé.

Bravo é o autor, entre outros quadrinhos, de: Les Véritables Aventures d’Aleksis Strogonov, Les Épatantes Aventures de Jules, Ma maman est en Amérique, Le Jardin d’Émile Bravo e On nous a coupé les ailes.

No Brasil, que eu saiba, sua única obra publicada até agora havia sido uma ilustração para a capa de uma das edições de Meu 1º Larousse, livro que integra uma série educativa, destinada a pequenos leitores.

Graças à iniciativa da SESI-SP, esta escassa aparição editorial do artista no país está prestes a sofrer uma reviravolta.

Nesta semana, recebi o meu exemplar de O Diário de um Ingênuo, de autoria de Bravo, lançamento que promete abalar a estrutura do mercado de quadrinhos europeus no país, até pouco tempo, avesso a HQs provenientes do Velho Continente. Por acaso, já tinha esta mesma edição em francês, intitulada Le Journal d’un Ingénu, com a marca da belga DUPUIS.

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O quadrinho faz parte da série O SPIROU DE, na qual vários artistas dão sua própria visão do personagem groom, criado por RobVel em 1938. Trata-se de uma coleção fora da cronologia ooficial e que dá mais liberdade de criação aos autores.

É preciso que se diga que O Jornal de um Ingênuo carrega um dos mais belos e sensíveis traços de Spirou de todos os tempos.

Levou o Grand Prix RTL da Banda Desenhada em 2008 e foi incluído pelo Festival de Angoulême entre os cinco álbuns essenciais de 2009. Além disso, Bravo ganhou o Prêmio dos Ferroviários 2008, concedido pela SNCF. Já em 2010, O Diário de um Ingênuo recebeu o Prêmio Literário da Juventude, na categoria BD.

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A história de passa em Bruxelas, no verão de 1939, um pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial e da ocupação que a Bélgica sofreria mais tarde por tropas alemãs. Spirou é um jovem órfão e carregador de malas no Hotel Moustic, vestido com aquele traje característico que o marcou para sempre. Neste ambiente, ele e o repórter Fantásio estarão envolvidos em complôs estratégicos que se tramam, anunciando o conflito planetário que está por vir, mas que poderia ser evitado. Spirou tem uma brilhante solução para a paz! Será que as autoridades internacionais presentes no hotel, representantes dos países envolvidos, darão bola para sua sugestão?

Não vou dar mais detalhes sobre mais esta maravilhosa novidade da SESI-SP, pois estou preparando um Papo Franco Belga sobre Émile Bravo, no qual darei mais detalhes sobre O Diário de um Ingênuo.

Até lá!

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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