Se você anda cansado do tradicional universo de super-heróis e de velhas fórmulas do gênero, aconselho que volte seus olhos para Tom Strong: A Origem, quadrinho da Vertigo/Panini Comics que circula nas bancas ao preço de R$ 27,90.
Ao longo de suas coloridas 212 páginas, tiradas dos números 1 a 7 da revista Tom Strong, conhecemos o início da saga de um dos personagens mais interessantes do quadrinho americano atual.
Tudo é diferente na vida desse herói que tem seu começo de existência numa ilha perdida nas Índias Ocidentais, na qual seus pais foram parar, depois de um naufrágio em 1899. Eles ainda não sabem, mas o lugar é habitado por uma tribo, da qual se tornarão amigos.
Como fruto de uma experiência científica do casal, nasce Tom Strong, num parto auxiliado pelos nativos. Ele é criado isolado numa bolha, em uma instalação dentro de um vulcão extinto. Somente após um terremoto destruidor, o jovem é liberado de seu mundo à parte. Logo, descobre que seus pais morreram na catástrofe natural. Só lhe resta então, prosseguir com os experimentos de seus progenitores, melhorando a infra-estrutura da ilha e mudando a vida de seus antigos moradores que não conheciam tecnologia.
Tom acaba virando um talentoso gênio e inventor, assim como seu pai. Ele parte de sua terra natal e viverá empolgantes aventuras em Millenium City, ajudado por sua esposa Dhalua, ex-membro do clã indígena que o acolheu no passado, por sua filha Tesla Strong, pelo gorila inteligente King Solomnon, e pelo fiel robô Pneuman.
O mais legal da HQ é que toda essa aventura é lida num gibi por um garotinho, o pequeno Timmy Turbo, em Millenium City, enquanto Tom Strong vai livrando a cidade dos Bandoleiros Baloneiros, do vilão Paul Saveen, do Homem Modular e de outros mais. Há uma diferença de arte entre Turbo, bastante caricato, e o estilo do resto do quadrinho. Timmy Turbo é desenhado com um traço que lembra o de Brian Fies, autor de “Whatever Happened to the World of Tomorrow?”
Tom Strong: A Origem tem desenhos de Chris Sprouse e roteiro de Alan Moore, o mesmo de Watchmen, V de Vingança e da trilogia Nemo, esta última citada, feita em parceria com Kevin O’Neill.
A graphic novel tem formato de 17 x 26 cm, arte-final de Alan Gordon e arte adicional de Arthur Adams, Gary Frank & Can Smith, Jerry Ordway e Dave Gibbons.
Na minha opinião, Tom Strong é uma bela mistura entre o Capitão Marvel (SHAZAM) e Doc Savage!
Simplesmente, espetacular! Não dá vontade de largar! Um dos melhores lançamentos da Vertigo dos últimos tempos no Brasil!
Por PH.
Esse promete, eu leria empolgadona! Obrigada.
Já quero!