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Arno fez sua primeira aparição, em 1983, na revista francesa Circus. Ele foi desenhado por André Juillard, que mais tarde seria responsável pelo traço de belos álbuns de Blake e Mortimer, e roteirizado por ninguém menos do que Jacques Martin, antigo colaborador de Hergé e pai de Alix, Kéos e Lefranc.
Em Espadas Vermelhas (Le Pique Rouge), publicado pela portuguesa Edinter em 1987, somos apresentados a Arno Firenze (Arno Florença), jovem músico veneziano. A convite de Napoleão Bonaparte, chefe do Exército Francês, encantado com o talento do rapaz ao piano, Arno deveria tocar em um evento organizado pelo poderoso militar. No decorrer da noite, acaba salvando-o de um atentado perpetrado por um grupo de opositores ao líder corso. Esta organização secreta fará tudo para neutralizar o futuro dono da Europa. A corajosa atitude de Arno face à iminente explosão de uma bomba colocada numa lareira foi o bastante para que caísse nas graças do conquistador e para que se tornasse também, ele próprio, vítima de emboscadas. Toda a trama se passa originalmente em 1797.
Já em O Olho de Kéops (L’Oeil de Kéops), editado no ano de 1988 em terras lusitanas, a narrativa tem lugar em 1798. Nesta época, a França se encanta pelo Egito, seus mistérios e suas pirâmides. Napoleão vai para a antiga terra dos faraós, perseguido pelo britânico Almirante Nelson e se encontrando ainda na mira dos Espadas Vermelhas. Seguindo o General na conquista do Egito, Arno poderá descobrir uma grande paixão. Esta HQ também teve a marca da Edinter.
Arno é um grande exemplo de banda desenhada que mistura ficção e história. Criando um universo fantástico, ela nos transporta para uma época de sinistras conspirações, revelando passagens desconhecidas das conquistas napoleônicas. A série, que contou com um total de seis álbuns, se encontra inédita no Brasil.
Por PH.
Arno Firenze merece entrar para lista de traduções hein Tujaviu!