Quadrinhos

Pela primeira vez no Tujaviu, apresentamos Thomas Noland e sua incrível saga familiar através dos tempos

Escrito por PH

IMG_20160407_202457Thomas Noland é um personagem dos quadrinhos franco-belgas que não chegou a ser publicado no Brasil. Foram cinco álbuns editados, entre 1984 e 1998, e que levaram a marca da Dargaud. A série teve roteiro de Daniel Pecqueur e belos desenhos de Franz, apresentando um traço inicial que se situou numa espécie de fronteira entre o de Hermann e o de Jean Giraud.

A franquia nos apresenta a saga da família Noland, contada pelo militar americano Thomas Noland. Enquanto realiza suas missões, vai contando as histórias de seus ancestrais e das pessoas que foram próximas a eles. A primeira narrativa acontece no álbum de largada da coleção, intitulado La Glaise des Cimitières, quando Thimoty Noland nasce da relação improvável entre uma bela jovem fugitiva e um velho homem. O garoto acaba virando um exímio jogador de Poker. Após ser preso em uma ação de legítima defesa em um saloon, ele foge e faz fortuna. Vai parar em Chicago, cidade grande em que enfrentará gangster para vingar um amor perdido num atropelamento criminoso. O argumento também leva o leitor à Guerra do Vietnam.

Thomas Noland 1 - La Glaise des Cimitières

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No quarto tomo, intitulado Les Naufragés de la Jungle, Thomas e seu amigo John estão perdidos no Vietnam e salvam um piloto da Força Aérea que lhes conta a epopeia extraordinária de seu antepassado, o Chefe Comanche Cavalo Branco. Trata-se de uma história vibrante e que se passa entre o Velho Oeste e os horrores do Napalm.

Thomas Noland 2 - Les Naufragés de la Jungle

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O mais legal de Thomas Noland é o fato das tramas não se passarem em uma única época e se serem narradas por alguém que não está presente na maioria dos acontecimentos, mas que é diretamente fruto dos fatos descritos neste passado distante.

Muito erotismo e cenas explícitas de nudez desfilam pelas pranchas de HQs extremamente bem desenhadas. O estilo de Franz mudou ao longo do tempo. Já no fim do ciclo, estava mais para o de Edouard Aidans.

Toda a coleção recebeu novas capas nos últimos anos, bem melhores e mais vendáveis do que as originais.

Em meu acervo, só possuo os números um e quatro de Thomas Noland, todos em capa dura.

Por PH.

Imagens : © DARGAUD / Franz / Daniel Pecqueur.

 

Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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