Dia desses, resolvi resgatar uma série em quadrinhos desconhecida pelos brasileiros e pelas novas gerações de franceses e belgas. As histórias de Archie Cash circularam no semanário Spirou, entre 1971 e 1988, e através de 15 volumes que foram editados pela DUPUIS, no período que foi de 1973 a 1991.
Archie foi desenhado por Malik, através de um traço bastante influenciado por Hermann, criador de Bernard Prince. Até certos locais exóticos do continente asiático em que se passa a saga tem muito a ver com o ambiente frequentado por Prince, embora Cash também tenha viajado para outros lugares do mundo. Em Toro-Toro, por exemplo, na América do Sul, nosso herói bom de briga é amigo do presidente deste país. Em suas aventuras, passadas em cenários inspirados em antigos western spaghetti, desfilam mulheres extremamente sensuais. A maioria dos roteiros da franquia foi escrita por Jean-Marie Brouyère, substituído mais tarde por Smit le Bénédicte e Terence.
Como curiosidade, Archie Cash é a cara de Charles Bronson (Charles Dennis Buchinsky), ator americano que, durante a década de 1970, foi o rei dos filmes de pancadaria. Talvez tenha sido o único dos quadrinhos a pegar emprestado as feições deste ícone do cinema.
Na coleção, tenho guardado dois tomos de Archie Cash: Cibles pour Long-Thi e Où règnent les rats, adquiridos na querida Livraria Leonardo da Vinci, de onde vem boa parte de meu acervo.
Em Archie Cash, tome 5 : Cibles pour Long-Thi, de 1977, nosso está em uma área do planeta que lembra a Tailândia, para ter aulas de Karatê com seu amigo Teng. É lá, que ele vai parar num perigoso bairro da região. Acaba se metendo numa confusão entre dois capangas do bar Justapuf e um chofer de cadillac que estacionara em frente ao lugar e dormira dentro do carro. O patrão do motorista, o estranho Loutreuil. jogava cartas no interior do inferninho e partiu em socorro de seu empregado, assim que percebeu sinais de luta. Nessa hora, o automóvel explodiu, como parte de um atentado frustrado para matar Loutreil, levando Cash a iniciar uma jornada cheia de mistérios e perigos.
Já em Archie Cash, tome 6 : Où règnent les rats, de 1978, Archie passa a entender melhor a situação que começou na narrativa anterior. Loutreuil, finalmente assassinado em Cibles pour Long-Thi, era na verdade um agente da C.I.A. e escritor, metido em um fraudulento esquema de falsificação de dinheiro. Sua eliminação teria sido justificada pelo fato dele usar a grana do negócio para sustentar seu vício em jogo. Neste meio tempo, a filha de Loutreuil, Coquelicot, vira refém de bandidos que organizam uma expedição para destruir um complexo que fabrica uma arma química de última geração. Para evitar que a moça seja morta, Cash aceita a tarefa de liderar o grupo, enquanto seu amigo Teng se encarrega de investigar os fatos e vai atrás de Long-Thi, sem saber que este é um dos integrantes do núcleo que parte com Cash. Thi parece ter sido o único a regressar vivo de uma missão como essa, podendo ajudar a equipe a chegar a seu destino, defendido por perigosas minas explosivas. E quem seria o chefe da organização criminosa que está por trás de todos estes crimes? Seja bem-vindo à missão Samurai Vermelho!
Resumindo, Archie Cash é mais um personagem franco-belga que teria tudo para ter feito sucesso no Brasil, em um passado distante. Talvez, sua hora tenha terminado, o que não tira o mérito da obra de Malik e dos escritores que o ajudaram a desenvolver as peripécias de Archie Cash, um cara durão, das antigas.
Por PH.
Realmente ele parece com o ator norte-americano Charles Bronson Tujaviu. O personagem e um homem solitário apesar de ter belas mulheres a sua volta. Ele se sente sozinho é por isso ele se torna o justiceiro do lugar, lutando contra criminosos, seqüestradores é assassinos em série para manter a ordem em torno dele.Publicado pela primeira vez em 1973.
De quando em quando tropeço em histórias dele em antigas compilações da revista Spirou. Não me fazem a cabeça.
Não ligava muito para ele, até que li algumas BDs do personagem. Não deixa de ser uma espécie de clone do Bernard Prince. Tirando o Barney, o Djinn e o Cormoran, é tudo muito parecido, mas eu gosto do Archie Cash.