Nova HQ do brasileiro Leo, um dos mais celebrados quadrinistas da França, chega em fevereiro

Se não fosse pela Panini, os leitores do país nunca teriam ouvido falar de Leo, um dos mais bem sucedidos desenhistas de HQs da França. Foi graças ao editor que chegou às bancas do país, em 2006, o início de Os Mundos de Aldebaran, série de 1993, escrita e ilustrada por este competente artista brasileiro. Luis Eduardo Oliveira é um engenheiro de formação que vive na Europa, há muito tempo, tendo morado anteriormente na Argentina. Ele despontou no mercado francês de quadrinhos com Trent, franquia roteirizada pelo escritor Rodolphe, mostrando o universo da Polícia Montada canadense do início do século XX. A partir daí, se voltou para a ficção científica, destacando-se por Os Mundos de Aldebaran, uma enorme saga que continuou por Betelgeuse e Antares. Além destas, Leo esteve presente em Dexter London, em parceira com o desenhista Sergio Garcia, em Namíbia, contando com o traço de Bertrand Marchal, na coleção Kenya, desenhada por ele próprio no início, em Terres Lointaines, com a arte de Icar, e em Mermaid Project, juntamente com Corine Jamar e Fred Simon. A grande novidade do autor será publicada no dia 7 de fevereiro, mas já estamos antecipando-a no Tujaviu. O álbum se chamará La Porte de Brazenac e terá a marca da Dargaud. Com desenhos de Patrick Pion e texto de Leo e Rodolphe, custará em torno de 15,19 € e não tem data para chegar ao Brasil. O volume terá 72 páginas coloridas, formato de 24 x 32 cm e capa dura. É um conto fantástico que se passa em 1771, quando André de Beltoise, tutor do jovem príncipe de Condé, é pego em meio a uma violenta tempestade. Ele se refugia num castelo que é habitado por um homem doente, mas bastante culto, conhecido como Barão de Brazenac. Beltoise parte no dia seguinte, sem que seu hospedeiro possa presenciar um fenômeno muito estranho que acontece com ele. Seu cavalo desaparece diante de seus olhos incrédulos, cruzando uma espécie de portal invisível. Intrigado como o acontecimento, resolve ele mesmo atravessar a misteriosa passagem que o levará para um outro mundo. Seria um acesso para o inferno ou uma entrada para viagens no tempo? Não demorará muito para os franceses descobrirem a resposta para esta pergunta. Nós teremos que esperar até que algum editor nacional se interesse em publicar este excelente álbum. Foi criado e roteirizado por um dos nossos e ninguém tem ideia de que existe! Não é estranho? Dá vontade de saber o motivo que leva nosso mercado de HQs a ser tão americanizado, quando existem tantas coisas boas para serem trazidas do Velho Continente. Mas as coisas estão mudando! Pelo menos, os brasileiros que aqui vivem estão tendo dias de glória. Viva Vitor Cafaggi, José Aguiar, Flávio Luiz, Danilo Beyruth, André Diniz e tantos outros feras nacionais dos quadrinhos!