Já que o selo editorial ASA, de Portugal, está se preparando para lançar a segunda parte de “As Aventuras de Philip e Francis”, no final deste mês de junho de 2012, resolvemos contar a origem dos heróis que deram origem a este magnífico trabalho. Blake e Mortimer compõe uma das duplas mais famosas da HQ franco-belga, criada pelo desenhista e roteirista Edgar Pierre Jacobs. Os personagens apareceram pela primeira vez, em 1946, no semanário Tintin, lendária revista que publicava as aventuras de vários heróis da Banda Desenhada, na forma de capítulos. A primeira aventura de Blake e Mortimer, no Tintin, foi “O Segredo do Espadão”, trilogia que só acabaria em 1949. Essa foi a estreia do Capitão Francis Blake, agente dos Serviços Secretos Ingleses, e de seu amigo, o Professor Philip Mortimer, um brilhante físico e aficionado pela arqueologia. Os dois vivem enfrentando terríveis bandidos pelo mundo afora, entre os quais, o principal deles é o famigerado Coronel Olrik. Publicada em diversos países, a saga nunca chegou ao Brasil, em álbum, embora tenha tido a história “O Segredo do Colar” presente no começo dos anos 1970, no Jornal Tintin brasileiro, publicação que teve curtíssima vida útil no país. O autor, Jacobs, ambientou a maior parte de sua trama nos anos 1950, embora nem todo o enredo dos títulos de Blake e Mortimer aconteça, necessariamente, nessa época. Após a morte de Jacobs, em 1987, Bob de Moor terminou seu último álbum inacabado, intitulado “Mortimer contra Mortimer”. A partir do meio da década de 1990, a série continuou com dois grupos de escritores e desenhistas: Van Hamme/Ted Benoit e Yves Sente/André Juillard. Mais recentemente, René Sterne, Chantal de Spiegeleer e Antoine Aubin se somaram a este grupo, dando sobrevida a Blake e Mortimer. Todos estes brilhantes artistas procuraram manter o mesmo estilo “Ligne Claire” de Jacobs que foi herdado de Hergé, o pai de Tintin. A primeira grande mudança em Blake e Mortimer só aconteceria, em 2005, com uma ótima idéia de Nicolas Barral e Pierre Veys. Eles resolveram injetar humor e um grafismo mais leve a um dos grandes mitos da Nona Arte, realizando uma da melhores paródias, em quadrinhos, de todos os tempos. A grande sacada foi traduzida no primeiro volume de “As Aventuras de Philip e Francis”, “Ameaças ao Império”, editado pela portuguesa Editora Gradiva. Um segundo álbum saiu em março de 2011, na França, pela Dargaud. É justamente este exemplar que chega agora, em terras lusitanas, pelas abencoadas mãos das Edições ASA. Em “Le Piège Machiavélique” (A Armadilha Maquiavélica), nossos atrapalhados heróis vão parar em um mundo paralelo ao nosso, numa Londres em que tudo está literalmente de cabeça para baixo. Para se ter uma idéia, os tradicionais ônibus da cidade tem três andares, no lugar de dois, enquanto que os táxis da cidade são todos dirigidos por cegos. Isso sem falar nos nomes das ruas, que aparecem completamente trocados. Conseguirão Philip e Francis, as cômicas versões de Blake e Mortimer, resolver este mistério? Para compreender melhor esta aventura, aconselhamos a leitura de “A Armadilha Diabólica”, onde o leitor descobrirá que a origem de tudo isto está num velho e conhecido inimigo da dupla. Em relação aos autores da obra, Nicolas Barral estudou na escola de Angoulême. Ao participar de um concurso para revelar novos talentos, foi descoberto por Delpierre. Em seguida, conheceu Pierre Veys. Os dois desenvolveram a série Baker Street e, logos após, Philip e Francis. Pierre Veys, por sua vez, começou a se interessar pela Biologia, mas optou por escrever. Durante 2 anos, dirigiu uma companhia de teatro e escreveu roteiros. Veys também trabalhou em televisão e achou no talento do desenhista Barral, a maneira ideal para dar vida a seu texto. Se gostou do que leu aqui e quer se iniciar no mundo da Banda Desenhada, fique de olho nas livrarias portuguesas para garantir este histórico lançamento. Já lemos o original, em francês, e aprovamos!
Por PH.
A imagem the capa esta linda PH fico imaginando a ilustrações no seu interior que loucuraaa isso e puro entretenimento garoto adorei Ahhh só posso dizer uma coisa… Espetacular seu trabalho viu!
Tenho ficado fascinada com tanto lançamento the BDs aqui no blog parabénsss.
Parabénssss Phhhhh e a todos os envolvidos nessa matéria espero que venha mais garotooo. Confesso que estou apaixonada por este quadrinho depois que vi a ilustração e o trabalho de divulgação e elogios neste blog ahhhh tenho de deitar as mãos rapidamente nesta capa dura desta histórica Banda Desenhada de Nicolas Barral e Pierre Veys contando os dias as horas e os minutos pra conferir amo quadrinho!
Confesso que não sabia desse quadrinho PH, mas fiquei com vontade depois de ler o teu post ahhh vou ver se dou uma espreitadela para saber como faço pra conseguir esse exemplar the segunda parte de As Aventuras de Philip e Francis, The Edição ASA. É sempre bom ver esses lançamentos obrigada por indicar esse quadrinho que venham mais BDs BRIGADUU…
Excelente matéria ainda não tive o prazer de ler as Aventuras de Philip e Francis, mas sabe que despertou o meu interesse assim que li seu post Ph achei a capa de ilustração fantástica e dura né muito linda? gostei the sua resenha taí. está mais uma razão para eu querer conhecer esse quadrinho com atenção só conheço alguns the sua coleção particulari no tujaviu tomara que chegue por aqui esse lançamento the Edição ASA será que teremos esse prazer Phhhh?