Desenhado por Devig e roteirizado por Philippe Geluck, As Aventuras de Scott Leblanc é uma publicação das ÉdItions Casterman, cuja característica mais marcante é ser um legítimo representante da mais pura “Ligne Claire”, estilo eternizado por Hergé, o criador de Tintin, e perpetuado por inúmeros artistas europeus dos quadrinhos. Já em seu segundo exemplar, Menace sur Apollo, fica óbvio que Devig é um amante deste gênero, homenageando não apenas Hergé, como o também saudoso Edgar Pierre Jacobs, o pai dos personagens Blake e Mortimer. Scott Leblanc é repórter da revista Bien em Vue, encarregado da sessão “Animais e Estrelas. Ele próprio vive suas aventuras acompanhado de um simpático canário, transportado para todos os lugares numa gaiola dourada. Com direito a um topete que o deixa a cara de Tintin, Scott Leblanc vive em 1966, em plena época da Guerra Fria e da Corrida Espacial. No primeiro número da série, Alerte sur Fangataufa, Scott é enviado, por acaso, para entrevistar o Professor Molestine. Este brilhante cientista, indicado para o Prêmio Nobel, faz parte de um grupo de quatro famosos estudiosos. Cada um do grupo detém um importante fragmento do projeto secreto, conhecido como Raio Zeta, uma arma poderosa e revolucionária. Quando esses documentos começam a ser roubados, será preciso impedir, a todo custo, que todas as partes sejam reunidas por mãos erradas. Começa então uma viajem que levará nossos heróis, de Paris à Polinésia. É com “Les Aventures de Scott Leblanc, um gibi de luxo que nos remete aos grandes clássicos da Banda Desenhada franco-belga, que voltamos à atividade neste ano de 2012. Embora não haja nenhuma tradução à vista para língua portuguesa, esta série é um deleite para os olhos. É como se Tintin e Blake & Mortimer tivessem voltado à vida. Vale à pena saber mais sobre Scott Leblanc na Internet.
Por PH.
