Depois de surgir nas bancas de jornal, no começo de 2011, “Groo – A Grande Crise”, de Sergio Aragonés, está de volta. Esta é a segunda publicação da Mythos, trazendo as aventuras de “Groo, o Errante”. O primeiro gibi de Groo pelo selo foi “Groo – 25 Anos de Desastres”, editado no ano 2008 e comercializado de novo, há um mês. Como não é à toda hora que encontramos lançamentos de autores europeus no Brasil, não iríamos deixar de comemorar o feito. Para começar, falaremos do desenhista da obra. Sergio Aragonés nasceu em setembro de 1937, em San Mateo, Castellón, na Espanha. Ele é um premiadíssimo autor de Banda Desenhada (HQ), já tendo sido colaborador da revista MAD. Em 1980 criou o personagem “Groo, o Errante”, em parceria com o roteirista Mark Evanier. Groo é um atrapalhado e estúpido bárbaro que sabe manejar espadas como ninguém. Sua capacidade em aniquilar sozinho um exército, em muito nos lembra o que fazem Asterix e Obelix, quando encontram uma tropa de legionários romanos pela frente. Não sobra soldado nenhum para contar história! A diferença é que Groo não toma poção mágica. Outra similaridade que achamos, fica por conta de seu cachorro Rufferto que bem poderia ser uma espécie de primo distante de Rantanplan, o debilóide cão de Lucky Luke. Pelo menos, no caso de Rufferto, este consegue ser um pouco mais inteligente que a besta canina idealizada pelo desenhista belga Morris, em 1960. Em se tratando de atolação, “Groo faz o que Groo faz melhor”, ou seja, destruir. Não é por maldade, mas ele sempre causa involuntários e catastróficos acidentes. Dono de uma enorme ingenuidade e burrice colossais, ele também não entende a maioria das coisas que são ditas a ele. Sátira ao famoso personagem dos gibis, Conan, criado por Robert E. Howard, Groo vive num mundo povoado por dragões, cavaleiros, samurais, bruxos, piratas e nobres tiranos. Em “Groo – A Grande Crise (Groo – The Hogs of Order)”, conheceremos a mais brilhante e politizada aventura, desta curiosa figura das revistas em quadrinhos, num universo inesperadamente capitalista. Só para lembrar, a primeira aparição de Groo no Brasil aconteceu em 1989, em uma Graphic Novel da Editora Abril. Um ano depois, a mesma editora foi responsável por um título mensal de Groo, vendido até 1992. Sua trajetória editorial continuou, posteriormente, através de lançamentos da Pandora Books, Opera Graphica e, atualmente, pela Mythos. “Groo – A Grande Crise” é uma edição original da americana Dark Horse, traduzida para o português, por Marcelo Alencar. As cores são de Tom Luth e Michelle Madsen. O livro tem 116 páginas, impressas em papel especial. Apesar da qualidade indiscutível do livro, achamos que R$ 39,90 é um preço salgado demais a se pagar por este exemplar, devido a seu formato pequeno e ausência de capa dura. Por outro lado, elogiamos a iniciativa da Mythos, em promover quadrinhos de qualidade no país.
Por PH.
Obrigado ph pela chance de conhecer mais um quadrinho europeu A narrativa é o coração da história fique encantada com seu texto e feliz por saber que e um lançamento de um autor europeu no Brasil imagino como você deve estar se sentindo por ser um fã de carteirinha de HQs europeia valeu mesmoo pela indicação vou conferir obrigado