“É, pessoal, é isso aí… sou eu mesmo que aparece neste vídeo. Meu nome é Luiz Fernando e, desde que vi Perdidos no Espaço pela primeira vez (acho que foi em 1967, quando tinha 5 anos), virei fã. Junta-se a isso a época da conquista da lua, e tem-se um clima que marcou a infância de muita gente. Porém, cresci sem internet e Orkut. Eu me imaginava o único ser do planeta que gostava de seriados de ficção científica em geral.
Quando houve uma reunião num espaço em Niterói no início dos anos 90 (soube pelos jornais), pronto: conheci outras cabeças iguais à minha e daí verificou-se uma profusão de eventos e conhecimentos, tanto de informações quanto de gente. E ainda não tinhamos internet!!!
A vida seguiu em frente, e casei com a pessoa que aparece no vídeo. Ela nasceu e cresceu no interior de Santa Catarina. Vinha de uma outra realidade, ela não teve uma babá chamada televisão, e assim não teve acesso às mesmas experiências que tive.
Nos casamos justamente na época em que eclodia as reuniões para exibição de vídeos, bate-papo e coisas literalmente de outro mundo. Tive acesso a catálogos de lojas dos EUA que vendiam objetos de desejo que até pouco tempo eram inimaginágeis. Miniaturas de naves, robôs, cards, quadrinhos, uniformes, bonecos, etc. Programas de TV como o Top TV, fanzines como o Jetcom, entrevistas em programas como a Frota Estelar brasileira no Jô… E a internet começava a engatinhar!
Um dos eventos que me deixou muito feliz foi a realização deste vídeo pelo meus caros Paulo Henrique e Ana Lúcia. Tal vídeo testemunha um abismo de conceitos que não há certo X errado, mas sim demonstra a necessidade de compatilização, respeito, limites, tolerância, compreensão…
Hoje estamos divorciados mas mantemos amizade. Casei com outra pessoa que também não gosta dos meus seriados de infância (poxa, parece praga), mas a harmonia é maior. Estabelecemos uma troca: ela suporta meus (saudáveis) vícios e eu aguento os balés, filmes de arte, filmes-cabeça, museus,…. não faz mal, pois acho que o importante é cada um ceder um pouco e cada um entrar no mundo do outro, ou pelo menos tentar compreender os gostos individuais.
Agradeço a divulgação do vídeo, pois, como disse, é testemunha de uma fase da vida que outras pessoas devem ter passado, e é importante para registro.
Um abraço para todos!!
Luiz Fernando”
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