Quadrinhos

Heróis do Equinócio, um álbum de Valerian que toca na questão da infertilidade e flerta com o universo dos super-heróis

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Escrito por PH

valerian-matHoje, recordo um álbum da série Valerian: O Agente Espaço-Temporal, editado originalmente em 1978 e pré-publicado na revista Pilote nesse mesmo ano.

Para os cariocas que lembram, Valerian era uma das tiras em quadrinhos que eram publicadas no Jornal O Globo, nos anos 1970. Se você não é do Rio de Janeiro, pode ter acompanhado algumas aventuras de Valerian que chegaram ao Brasil, importadas de Portugal, via Meribérica e ASA. Por aqui, oficialmente, nunca houve sequer uma edição em português do personagem.

Esse é o começo de minha releitura de álbuns dessa maravilhosa franquia de ficção-científica criada por Pierre Christin (texto) e Jean-Claude Mézières (desenhos), que influenciou George Lucas na concepção de Guerra nas Estrelas. Desejo estar afiado, de novo na saga, quando o filme Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, de Luc Besson, estrear no meio do ano que vem. O longa é baseado na série francesa em quadrinhos e tem tudo para fazer sucesso!

Deverei estar escrevendo sinopses dos títulos que possuo e começo com Heróis do Equinócio (Heroes of The Equinox), que conferi recentemente em inglês, num exemplar da Dargaud Internacional Publishing. Infelizmente, nunca tive acesso a material britânico do Valerian, pela Cinebook, atual detentora de seus direitos para esse idioma. Publico aqui o seu resumo.

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A cada 100 equinócios, o povo infértil de Similane envia seus campeões para a sagrada Ilha de Filene, a Ilha das Crianças, onde depois de vários desafios, um entre eles é selecionado para ser o pai de uma nova geração.

Ao longo do tempo, entretanto, os heróis locais passaram a falhar sucessivamente nessa espécie de olimpíadas em prol da natalidade, ou simplesmente desapareciam, enquanto alguns eram encontrados no mar e outros retornavam mutilados. Sem uma continuação da espécie, a população de Simelane envelheceu ainda mais.

Desesperados, os anciãos Similaneanos foram forçados a enviar bravos representantes estrangeiros de outros mundos para os jogos. Em uma dessas ocasiões, Valerian é escolhido como enviado da Terra e terá que superar provas difíceis e poderosos competidores, num perigoso desafio.

Cada um dos desafiantes que estão nessa com Valerian representa um tipo de ideologia diferente. Irmgaal, do Planeta Kraham, simboliza o nazismo, Ortzog, Delegado dos Trabalhadores de Bourgnouf, encarna o stalinismo e o hippie Blimflim, de Iridescent Malamum, é a cara do ecototalitarismo.

Em termos de aparência e super poderes, os três adversários de Valerian são grandes ou fortões, no estilo dos super-heróis americanos da DC e Marvel, e cada um tem uma habilidade fantástica especial, ao contrário do franzino Valerian, apenas com uma pistola laser na mão. Aproveitando o perfil musculoso dessas figuras, Mézières optou por desenhar todas as cenas de batalha da história no estilo dos comics americanos, em quadros grandes, cheios de elementos e pancadaria.

Conseguirá Valerian ter êxito nessa missão, mesmo em desvantagem, superando seus oponentes e trazendo a tão sonhada renovação para a civilização dos Similaneanos?

Nessa mesma série dedicada a Valerian, volto em breve com a resenha de Bem-Vindo a Alflolol.

Lembro que não estou fazendo esse trabalho na ordem de publicação original das HQs.

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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