Quadrinhos

As antigas edições em capa dura de “Tintin” continuam mantendo seu charme nos dias atuais

Escrito por PH

Untsdsdsditled-1Dia desses, escrevi um post sobre O Templo do Sol, célebre história de As Aventuras de Tintin. Na ocasião, citei uma edição especial da HQ, em espanhol, que guardo na coleção. O quadrinho saiu em 1991, pela Editorial Juventud.

Hoje, trago fotos da versão brasileira da Record para Le Temple du Soleil. Datada dos anos 1970, tem capa dura, lombada em plástico imitando couro e uma excelente qualidade de papel, com gramatura maior do que a existente nos recentes volumes que são impressos atualmente pela Compainha das Letras. A verdade é que os álbuns de Tintin que são comprados nas livrarias, hoje em dia no Brasil, não conseguiram superar o luxo de seus equivalentes do passado. Não é só uma questão de primor! É preciso pensar que um livro cartonado tem durabilidade maior, o que justifica seu preço mais alto. Devido a todo esse cuidado, boa parte destas preciosidades está comigo, até hoje, em ótimo estado. A única coisa que a publicação nova e a velha guardam em comum é o número de páginas e a grafia do nome do herói, já que em nosso país, se usa Tintim no lugar de Tintin, alteração que considero desnecessária. Não se troca o nome de um personagem assim! Na Bélgica e em regiões francófonas, ele é conhecido como Tintin, com a letra “N” no final. Se fosse para mudar, teria sido então melhor trocar tudo de vez, como fizeram os holandeses. A Turma dos Países Baixos chama o destemido repórter de Kuifje!

Três características básicas incrementavam os títulos de Tintin em épocas privilegiadas. Uma delas era a apresentação do herói e de seus amigos, logo no início, comparando seu autor a Walt Disney e indicando a leitura das histórias do destemido repórter de topete para as pessoas de 7 a 77 anos. No final do texto, Dupont, Girassol, Dupond e Haddock apareciam correndo da direita para a esquerda. O segundo aspecto especial que estava presente nestes volumes clássicos era a sua contracapa, listando cada uma das aventuras de Tintin, em meio a uma ilustração em que surgem o Professor Girassol, Capitão Haddock e alguns outros personagens da saga. É que também aparecem na imagem: Quick, Flupke, Joana, João e o Macaco Simão. Este desenho parece ter se perdido com o tempo. Uma pena! Para encerrar a lista, lembro de duas páginas de guarda em azul, posicionadas antes e depois de cada história, que traziam uma galeria de heróis das aventuras de Tintin. Isso também sumiu de vez!

Não desista de possuir um antigo Tintim. Em sebos e na internet, não será difícil de achá-lo. Tome cuidado com traças e verifique o estado da raridade. Costumava comprar artigos deste tipo na Leonardo da Vinci e na Livraria que funcionava no prédio do Copacabana Palace, em Copacabana, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ao lado de uma loja de flores.

Felizmente, os amigos portugueses que lerem a matéria não precisão se preocupar com isso! Todos os álbuns de Tintin que saem em terras lusitanas, pela ASA, são cartonados!

Só para lembrar, os fatos descritos em O Templo do Sol tem origem em As 7 Bolas de Cristal, de 1948, quando Professor Girassol comete uma heresia, ao usar o bracelete da múmia do inca Rascar Capac. Assim, é sequestrado e levado para a América do Sul, a bordo do navio Pachacamac. Para resgatar o amigo,Tintin, Capitão Haddock, Dupont e Dupond partem com destino à América do Sul, mais precisamente para o interior do Peru, onde deverão encontrar O Templo do Sol, lugar em que Girassol é mantido preso. Nesta emocionante empreitada, nossos heróis contarão com a ajuda de Zorrino, um pequeno índio que será fundamental para que consigam atingir seu objetivo.

Viva o quadrinho franco-belga! Viva Hergé!

Por PH.

TINTIN - ÁLBUNS - AS 7 BOLAS DE CRISTAL - Record

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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