Conheci Cubitus no Jornal Tintin brasileiro, publicação que circulou entre o final dos anos 1960 e 1970. Depois, o vi em Alakazam, revista da Editora Vecchi que trazia inúmeros heróis da banda desenhada franco-belga. Este cão, pouco conhecido dos brasileiros, foi idealizado pelo desenhista Dupa, em 1968, justamente para figurar nas páginas do Tintin europeu. Hoje, após a morte de seu criador, a série se chama As Novas Aventuras de Cubitus, já com novos autores.
Cubitus é um cachorro gordo, branco e falante que vive num subúrbio com seu dono, o marinheiro aposentado Semáforo. Outro personagem da trama é o gato Sénéchal, bicho de estimação do vizinho e inimigo juramentado de Cubitus. Com pelo nas cores preto e branco, invariavemente apanha de Cubitus. Marcelino é o jovem amigo de nosso herói e sobrinho de Semáforo. Estranhamente, o menino não durou muito na série.
Dono de um focinho arredondado e preto, além de um curto rabo amarelo, suas marcas registradas, Cubitus se porta muito mais como um humano do que como um canino tradicional. Chega, muitas vezes, a assumir a posição dominante de chefe da casa, numa situação em que Semáforo acaba ficando divertidamente submisso a ele. Os defeitos mais recorrentes de Cubitus são a gula, a preguiça e o ódio que sente pelos felinos.
Pela lusitana Editora Arcádia, saíram três álbuns de Cubitus. Foram impressos em brochura, com 31 páginas cada. São eles, respectivamente: Um Oscar para Cubitus (1978), O Caldo Entornado (1979) e A Melhor Colheita (1979). Guardo pelo menos os dois primeiros na coleção, com muito carinho, já que viraram raridades. Todos tiveram direitos autorais cedidos pelas Éditions du Lombard de Bruxelas. No final de cada um, a Arcádia aproveitou para fazer propaganda de seu elenco de personagens da época: Spirou, Tomé, Martim, Pantaleão, Alain Chevallier e Gastão (Gastão Lagaffe). Além de protagonizar edições da Arcádia, Cubitus fez aparições no Jornal Tintin português.
Por PH.
Deslumbrante como sempre tujaviu.Parabéns