Quadrinhos

Criado por Theo van den Boogaard, o atrapalhado Léon-la-Terreur é sinônimo de confusão à vista

Escrito por PH

dsdssdsdtítuloTheo van den Boogaard é um autor famoso nos Países Baixos. Apesar de ter sido influenciado por André Franquin, Harvey Kurtzman, Robert Crumb e Jack Davis, foi na obra de Willy Vandersteen (Bob & Bobette) e de Hergé que buscou inspiração para compor o visual Linha Clara de seu personagem mais famoso, o atrapalhado, inconsequente e insano Léon-la-Terreur (Léon Van Oukel). O “herói” é um senhor, não muito politicamente correto, que é capaz de provocar todo o tipo de confusões e destruições por onde passa. Nesse sentido, ele pode até ser comparado a Groo, criação maior de Sergio Aragonés e Mark Evanier. Em relação ao universo franco-belga, ele funciona como uma espécie de Gaston Lagaffe envelhecido.

Nas curtas histórias de Léon, na minha opinião, há muito das célebres gags do criador de Tintin. Nelas, é possível ver um pouco do Capitão Haddock, de Milou, dos Irmãos Dupondt, de Abdallah e de Quick e Flupke.

Inédito em português este provocador de tumultos é desenhado em pranchas que carregam uma quantidade enorme de detalhes, tanto na questão de vestuário, como também na parte de construções e automóveis. Todos estes elementos ajudam a criar o caos absoluto e Nonsense que se instalam nas páginas da saga, fruto de um verdadeiro trabalho de arte e paciência. Léon-la-Terreur consegue, por exemplo, provocar acidentes de carros e dar um nó no trânsito, ao tentar atravessar uma via de mão dupla, fora do semáforo, sem olhar para nenhuma das duas pistas. Nem o TRAM, o transporte público da Holanda (equivalente ao VLT carioca), escapa. O trem também tomba, ao bater em um caminhão que é obrigado a desviar do distraído Léon. Não há como não rir de tudo isso! As inimagináveis situações propostas por Theo van den Boogaard são simplesmente hilárias!

Os álbuns de Léon que foram traduzidos para o francês são: Léon Van Oukel s’en tire toujours (1980), Léon-la-Terreur (1983), Léon-la-Terreur atteint des sommets (1984), Léon-la-Terreur s’en balance (1986), Léon-la-Terreur fait des vagues (1988), Léon-la-Terreur casse la baraque, (1990) e Le meilleur de Léon-la-terreur (1996), além de um volume integral de 2009, da Drugstore. O primeiro da lista saiu pela Magic Strip, enquanto os outros citados levaram a marca da Albin Michel. Destes, só possuímos quatro, conforme as fotos abaixo.

Vale a pena conhecer a série, apesar da falta de versões disponíveis para nosso idioma.

Por PH.

Imagens : © ALBIN MICHEL / VanDen Boogaard / Schippers

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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