Happy Dale, de Seth Fisher, foi uma das melhores séries em quadrinhos da VERTIGO que já li na vida. Trazia cores chapadas, capas em brochura, violência, texto de Andrew Dabb, cores de Laura Alfred e um vilarejo muito louco como cenário para sua trama. O material data de 1999 e saiu em duas graphic novels de 64 páginas cada.
A publicação conta a história de três delinquentes que cruzam os Estados Unidos, em direção à cidade de Las Vegas. Vince, um indivíduo extremamente violento e de feições orientais, é o chefe do trio. Ele viaja com sua namorada e com Denny, um adolescente que adora gibis. No meio do deserto, Vince aproveita para semear o terror. Ele incendeia um posto de gasolina, após matar seus clientes e proprietários. O bando parte então para a cidade mais próxima dali, a pequena Happy Dale, onde se hospeda em uma pensão familiar. De novo, Vince causa problemas, assassinando um dos habitantes do lugar, com o qual entra em confronto. Depois que Denny fere uma pessoa à bala, todos se refgiam no local em que estão hospedados, atirando na perna de sua proprietária e transformando-a em refém, juntamente com seus familiares. Por ironia do destino, Vince e seus protegidos não sabem que Happy Dale é uma cidadezinha bem esquisita e fora do comum. Seus estranhos moradores estão acostumados ao caos, a crimes e a todo tipo de anormalidade. Por isso, não deixarão que todos esses crimes fiquem inpunes, caçando nossos encrenqueiros amigos, de forma implacável.
Seth Fisher foi um renomado quadrinista americano que passou um bom tempo morando no Japão. Queria ir para um lugar, onde adultos pudessem ler quadrinhos, em público, sem serem olhados de maneira torta ou terem que camuflá-los dentro de um jornal. Este tempo que passou por lá influenciou bastante em seu estilo gráfico. O artista possuía algo de Geof Darrow em seu detalhado e magnífico traço. Apesar de ter realizado trabalhos para a DC COMICS e MARVEL, no segmento mainstream, Seth tinha uma inegável veia underground. Morreu em 2006, aos 33 anos, na cidade de Osaka, em terras nipônicas que tanto amava. Caiu de um prédio, enquanto divulgava a saída do último número de Big in Japan, outro de seus sucessos em quadrinhos.
Por PH.
Leitura cheia de adrenalina.