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Saiba quais são as pérolas que estão chegando de Portugal para incrementar a coleção do Tujaviu

Escrito por PH

fffNão vai demorar muito para que receba uma encomenda que espero há alguns meses. São pérolas da banda desenhada e do cinema que não são encontradas em meu país. É o que dá, se identificar com a cultura pop europeia. A gente tem que dar um jeito de conseguir essas preciosidades. Agradeço ao amigo Pedro Santos pela gentileza de enviar tudo isso de Portugal. Moraria lá, se fosse possível! Amo Lisboa e Cascais!

Nesta leva de coisas legais, está o terceiro volume volume da série Passeio ao Fim do Mundo (Balade au bout du monde), ostentando a marca da Glénat. Ele possui autoria de Pierre Makyo (roteiro) e Laurent Vicomte (desenhos) e idioma em francês. O primeiro ciclo de Passeio ao fim do mundo (1982-1989) foi todo ilustrado por Vicomte. Depois, o artista foi substituído por Hérenguel, Faure e N. G. Laval. Trata-se de uma espécie de conto de fadas moderno que se transforma em um pesadelo que levará o leitor a uma dimensão fantástica e muito além de nossa realidade cotidiana. Só me faltava esse, para ter os quatro tomos iniciais da saga. Ufa! Consegui!

Cinco álbuns da série Colin Colas, sendo um repetido para o desenhista Ernani Cousandier, são outros destaques do material que receberei em breve. Chegam igualmente em língua francesa. Trata-se de uma HQ criada em 1970 para a revista holandesa Sjors, com o nome de Brammetje Bram. Colin Colas desfilou nas páginas desta publicação, até 1975, tendo sobrevida posterior em Pep e Eppo, duas outras revistas holandesas. Seu idealizador é Eddy Ryssack, enquanto Alexander, Yvan Delporte e Peter Rosa produziram alguns roteiros para a série. Em Francês, Colin Colas circulou sob o título de Brieux Briand, em 1976, antes de despontar no semanário Super As, uma espécie de Jornal Tintin, onde passou a ser conhecido como Colin Colas. O herói é um aprendiz de marinheiro do navio POULE D’EAU. Destemido e esperto, ele possui uma incrível vocação para a aventura. Além dele, a trama da saga conta com outros personagens: o gato Nelson, Capitão Grogain, Tsétsé Tsing, Thor Thion e Doc Lagnole. Olhando para este quadrinho, enxergo algo nele que me remete a Jean Pistolet e a Humpá-Pá, ambos desenvolvidos por Goscinny e Uderzo, os pais de Asterix.

Como não poderia deixar de ser, o mais novo volume de Blake e Mortimer, em duas versões de capas, poderá finalmente encontrar um local reservado em minha estante. O quadrinista André Juillard retorna à franquia mais bem-sucedida da banda desenhada europeia, com roteiro de Yves Sente, segundo os personagens criados pelo belga Edgar Pierre Jacobs. A edição saiu no dia 5 de dezembro de 2014, pelas Edições ASA de Portugal. É um dos únicos em português desse lote incrível. Em O Bastão de Licurgo, a ação é situada em Londres, durante a primavera, e parte dos acontecimentos se dará dentro de um bunker em que Churchill passou seus dias, durante a Segunda Guerra Mundial. A trama também terá Gibraltar como cenário. Blake e Mortimer, ainda que não sejam mais desenhados e roteirizados por Jacobs, continuam sendo uma das franquias em quadrinhos mais bem-sucedidas na Europa. Cada lançamento é um acontecimento editorial, num nível semelhante ao que ocorre com Asterix. Este álbum, de número 23, segue como o mais vendido, atualmente, na França. No Brasil, os heróis são ilustres desconhecidos. Nunca consegui entender a razão disso!

Em A Louca do Sacré-Coeur, de Moebius e Jorodowsky, Alain Mangel, professor de filosofia na Sorbonne, é seduzido por uma das suas alunas, Elisabeth. Possuída por verdadeiros delírios místicos, ela arrastará o professor para um furacão de acontecimentos inesperados e delirantes que irão pôr à prova a racionalidade de Mangel. Paródia mística, farsa sagrada, caminho iniciático, exorcismo, o percurso do protagonista vai levá-lo a abrir os seus olhos para outra realidade. O volume, em português lusitano, faz parte da coleção Novela Gráfica, uma parceria Público/Levoir.

Para terminar, através de um sensacional box de DVDs, poderei rever Agente 117: Uma Aventura no Cairo (2006) e conferir Perdido no Rio (2009). São as melhores paródias de filmes de 007 que já pude assistir na vida. Hubert Bonisseur de La Bath (Jean Dujardin), mais conhecido como Agente OSS 117, vai para o Egito e visita o Rio de Janeiro, além de se dirigir a outras localidades do Brasil. Mais atrapalhado do que o célebre Inspetor Clouseau, se mete nas mais hilariantes situações, provocando muitos risos.

Não vejo a hora de botar a mão em tudo isso! É claro que vão rolar matérias, no site, sobre todas essas maravilhas! Aguarde!

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

1 Comentário

  • Obrigada por compartilhar com seus seguidores essa emoção, Aprender é a única coisa que a mente nunca se cansa, nunca tem medo, e nunca se arrepende.

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