Quadrinhos

Conheça os álbuns em quadrinhos das editoras Bruguera e ÍBIS que inspiraram o começo de minha coleção de HQs (parte 1)

Escrito por PH

DSC05961Neste post, vou falar dos quadrinhos que tenho em meu acervo e que inspiraram o início de minha coleção. Não é segredo para ninguém que minhas HQs preferidas tem origem na Europa. Parte deste material franco-belga chegou a ter uma certa difusão e circulação no Brasil, entre final dos anos 1960 e o começo da década de 1970. Tudo isso apareceu por aqui, graças às iniciativas da portuguesa ÍBIS e da brasileira Bruguera, a editora de origem espanhola que introduziu Asterix no país. Quando tinha uns dez anos, por volta de 1975, costumava achar estes álbuns de capa dura nas extintas Casa Mattos e Sears, no Rio de Janeiro. Geralmente, ficavam perto de edições de Asterix e Mortadelo e Salaminho. Comprei o que pude, nestes tempos passados, mas confesso que algumas edições só foram conseguidas, quando já era adulto. Fico feliz por ter realizado um sonho que se iniciou há muitos anos.

Começo com os raríssimos A Fronteira do Inferno e Os Piratas de Lokanga, ambos da ÍBIS. São dois volumes da série Bernard Prince, personagem criado por Hermann e Greg em 1966. Por curiosidade, o segundo álbum mostrado também saiu pela Livraria Bertrand, intitulado O General Satã.

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BERNARD PRINCE - OS PIRATAS DE LOKANGAA - ÍBIS - CAPA DURA

Abaixo, veja a capa de Clifton e os Espiões, publicado pela ÍBIS na Coleção Videorama. É uma edição extremamente difícil de se achar por aí. Por acaso, encontrei este quadrinho na Feira de Antiguidades da Praça XV, no Rio de Janeiro. Paguei a bagatela de R$ 10,00 nele. Seu valor é inestimável. A saga narra as aventuras de Harold Wilberforce Clifton, um detetive amador e antigo Coronel do MI-5 britânico. É uma criação de Raymond Macherot. Surgiu nas páginas do Jornal Tintin, em 1959.

Coronel Clifton - Clifton e os espiões

Pouco conhecido no Brasil, Chick Bill conta as aventuras de um jovem cowboy. Foi roteirizado e desenhado por Tibet, mesm0 artista que deu vida a Ric Hochet. Chick Bill nasceu em 1953. Este quadrinho é um dos mais raros de toda a minha coleção. Consegui comprá-lo em Portugal, de onde é a sua editora, a ÍBIS. Fez parte da Coleção Videorama. 

Kid Gatilho

De volta ao Brasil, pela Zarabatana Books, Lucky Luke foi idealizado, em 1946, pelo belga Morris. Ele é um cowboy do Velho Oeste americano que vive suas aventuras em uma pradaria povoada por famosos bandidos. Já encontrou Jane Calamity, Os Irmãos Dalton, Jesse James, Billy The Kid, Joss Jamon e muitos outros vilões. O cavalo desse pobre cowboy, que atira mais rápido que sua sombra e está sempre longe de sua casa, se chama Jolly Jumper. O herói chegou ao país, ainda nos ano 1960. Abaixo, exibo as capas de: Fora da Lei e Tir’ó Linhas, pela lusitana ÍBIS, e Os Primos Dalton e O Juíz, editados pela brasileira Bruguera.

LUCKY LUKE - FORA DA LEI - ÍBIS - CAPA DURA

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LUCKY LUKE - OS PRIMOS DALTONS - BRUGUERA - CAPA DURA LUCKY LUKE - O JUÍZ - BRUGUERA - CAPA DURA

Michel Vaillant é um corredor muito conhecido pelos europeus. A série conta com inúmeros títulos e foi criada, em 1957, pelo francês Jean Graton. Estreou nas páginas do Jornal Tintin. As duas HQs abaixo são portuguesas e bem raras. São elas: A Traição de Steve Warson e Pela Honra do Samurai. Steve Warson, para quem não sabe, é um piloto americano e melhor amigo de Michel. Os dois já estiveram juntos em várias tramas. Atualmente, Michel Vaillant se encontra com visual completamente repaginado, ostentando um traço mais moderno. O personagem é desenhado por Benéteau e Bourgne, e roteirizado por Phillippe Graton (filho de Jean Graton) e Lapière.

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Humpá-Pá foi mais um herói criado, em 1959, pela dupla francesa Albert Uderzo e René Goscinny, os mesmos autores de Asterix. Devido ao sucesso do pequeno gaulês, seus autores passaram a se dedicar apenas a ele, que se tornou um enorme sucesso editorial mundial. Enquanto as aventuras de Asterix se passam cinquentaanos antes de Cristo, Humpá-Pá nos leva à uma época bem posterior. A narrativa se passa na América do Norte francesa e fala dos primórdios de sua colonização. Humpá-Pá e os Piratas e Humpá-Pá Pele Vermelha, ambos da Bruguera, reuniram as primeiras aventuras do herói. Nestas edições, ficaram faltando aproximadamente 34 páginas que completariam a saga. Este final só foi lançado no Brasil, durante o final dos anos 1980, pela Editora Record.

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Strapontam é um personagem de quadrinhos que foi desenhado pelo artista belga Berck (Arthur Berckmans). O roteiro desta HQ coube a Goscinny, um dos criadores de Asterix, e também a Acar. Sendo um dos heróis que desfilavam pelas páginas do clássico Jornal Tintin, desde 1958, Strapontam é um motorista de táxi que já visitou o fictício reino de Patatah, no Oriente, passando pelo deserto do Texas, até chegar à Escócia. A seguir, mostro as capas de alguns exemplares de Strapontam que guardo em minha coleção: “Stapontam e o Monstro do Lago Ness”, “Strapontam e os Esquimós”, “Strapontam e os Gaúchos”, “Strapontam no Velho Oeste” e “Strapontam e o Bosque Adormecido”. Os mais raros são os que foram publicados pela Editorial Íbis.

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STRAPONTAM E OS ESQUIMÓS - ÍBIS

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Se gostou do que viu aqui e quer montar uma coleção como essa, terá bastante trabalho para reunir o material e gastará um bom dinheiro, mas a emoção de garimpar pérolas inesquecíveis dos quadrinhos deverá compensar a empreitada. No Mercado Livre, é possível comprar algumas das HQs que exibi no post. Mãos à obra!

Por PH.

Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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