Quadrinhos

Conferimos a versão espanhola de “O Enigmático Senhor Barelli”, de Bob de Moor

Escrito por PH

DSC05051Robert Frans Marie De Moor, mais conhecido por Bob de Moor, foi um dos colaboradores mais expressivos e chegados de Hergé, o criador de Tintin. Ele nasceu na Antuérpia, Bélgica, em 1992, vindo a falecer em Bruxelas, no ano de 1992. Autor de Cori le Moussaillon e Monsieur Truc, chegou a desenhar a quarta aventura de Lefranc, de Jacques Martin, intitulada Le Repaire du Loup. Também finalizou o álbum As Três Fórmulas do Professor Sato Vol. 2, de Edgar Pierre Jacobs.

O personagem mais conhecido de Bob é Barelli, um ator shakesperiano que roda o mundo com sua trupe teatral. Entre uma peça e outra, resolve os casos policiais mais intrincados.

Esta semana, tive a oportunidade de reler El Enigmático Señor Barelli, publicado pela NetCom2 editorial, de Barcelona, Espanha. Na HQ, de 1956, Barelli tem sua primeira aventura. O herói, mestre dos disfarces, troca de lugar com seu amigo jornalista Randor. Disfarçado, vai assistir ao teste oficial de lançamento do avião atômico XYZ-I. No local do evento, acaba presenciando a queda do aparelho, em misteriosas circunstâncias. Com seu imenso faro de detetive, descobre que o acidente foi fruto de sabotagem e fará tudo para achar os culpados pelo crime. É em O Enigmático Senhor Barelli que Barelli trava o primeiro contato com o inspetor Moreau, personagem que o acompanhará em muitas aventuras.

Editada também pelo selo belga BD Must, O Enigmático Senhor Barelli se encontra inédita no Brasil. Infelizmente, por aqui, o leitor não tem a acesso a todos os tipos de quadrinhos. Os editores só os fazem conhecer um lado deste segmento, privilegiando publicações de origem americana e japonesa. Não que não sejam boas, mas nosso mercado precisa se abrir. A exceção à regra fica por conta do excelente catálogo de HQs que leva a marca da Editora Nemo. Fora isso, os lançamentos provenientes do Velho Continente ainda são pífios. Se não fosse pelos excelentes títulos nacionais que estão sendo lançados, a situação seria ainda pior.

Outra coisa que precisa ser alterada é a errônea noção, por parte da maioria dos adultos, de que quadrinhos são feitos apenas para crianças. Não são! A banda desenhada, como se fala em Portugal, é uma respeitada forma de arte e uma maneira poderosa de se contar uma história. Que 2015 traga mudanças nesse perfil!

Por PH.

Imagens: Bob de Moor / BDmust / NetCom2 editorial

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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