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Leia a nossa resenha para a versão em espanhol de Barelli e os agentes secretos, clássico Ligne Claire de Bob de Moor

Escrito por PH

DSC05056Pela primeira vez, em português, publico a resenha de Barelli y los agentes secretos (Barelli e os agentes secretos), quadrinho de autoria do saudoso Bob de Moor. O artista nasceu na Antuérpia (Bélgica) e foi o colaborador mais próximo de Hergé, o pai de Tintin. De seus 40 anos de profissão, passou 35 ao lado do mestre da Ligne Claire que tanto admirava. Muito do que vemos desenhado nas aventuras de Tintin foi realizado por Bob de Moor.

Barelli é um ator que viaja o mundo, acompanhado por sua trupe teatral. Entre uma peça e outra, se mete nos mais intrincados casos, atuando como um sagaz detetive. Em Barelli e os agentes secretos, é a primeira vez em que Bob de Moor desenha seu herói com um visual um pouco menos inspirado na Ligne Claire tradicional, embora não consiga camuflar as evidentes semelhanças que Barelli possui com Tintin.

Nesta HQ, está fazendo um enorme calor em Paris e muitas pessoas se dirigem a diversas áreas de lazer da periferia para se refrescarem. Ao lado de um parque de diversão fica uma casa de shows onde se apresenta um grupo de Guabana, uma pequena república do mar das Antilhas. Ninguém sabe, mas estes músicos são agentes secretos mandados para perseguir um chefe revolucionário que fugiu para Europa. Este líder comanda um movimento que tem o objetivo de depor o ditador Juan Balustra, que comanda o país com mão de ferro. Sem armas para combatê-lo, a resistência está buscando apoio no Velho Continente para expulsar o tirano do poder. Enquanto roda sequências para um filme protagonizado por ele próprio, Barelli cruza o caminho do misterioso fugitivo que está sendo caçado pelos disfarçados Coconuts. Nosso herói fará o possível para escondê-lo de seus algozes e tentar auxiliá-lo em sua empreitada revolucionária.

Esta história circulou pela primeira vez, em 1964, nas páginas do Jornal Tintin. Muito tempo depois, em 1973, 1981 e 2011 ganhou versões em álbum. As duas primeiras saíram pelas Éditions du Lombard e a mais recente, pela belga BD Must. Em 2013, a HQ recebeu uma edição espanhola que foi devidamente conferida para a produção deste artigo, em algumas viagens pelo metrô carioca.

O álbum tem capa dura, formato de 22 x 30 cm e idioma em espanhol. Pode ser comprado, juntamente com todos os outros sete quadrinhos da série, no site da NetCom2 editorial.

Por incrível que pareça, este título também foi publicado em português, na década de 1980, com a marca da portuguesa Livraria Bertrand. Este já virou raridade!

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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