Todo mundo que gosta de quadrinhos, já passou pela fase dos super-heróis. Muitos ainda curtem o gênero até hoje. Eric Peleias, desenhista da HQ Ima: Sempre em frente não é exceção. Como vários, curtiu e ainda gosta dos mascarados vingadores que povoam o imaginário de todos que se dizem nerd de carteirinha.
Em seu segundo trabalho, Eu, Super, ele propõe uma leitura cativante e rápida que agrada bastante. Conversamos com o autor, na Brasil Comic Con 2014, onde ele confessou que optou por este formato mais descompromissado, depois de ter passado um bom tempo desenvolvendo Irma, uma trabalhosa saga com história baseada em uma real sobrevivente de campo de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.
Devido às pesquisas que tiveram de ser feitas para finalizar o projeto, da Editora ArtLiber, Eric estava cansado e precisando contar uma narrativa mais leve. Veio, então, a ideia de mostrar o universo de um garoto que ama justiceiros encapuzados e que deseja ser como eles. Sem pensar no quanto é difícil ser parecido com seus ídolos, levando em consideração a questão da fabricação de um traje invulnerável e do talento para voar que muitos tem, o menino pula de edifícios e submete sua imaginária indestrutibilidade ao máximo. Haja imaginação e desprendimento da realidade, coisas fáceis para uma criança! O que o pequeno protagonista desta trama conseguirá com tudo isso, surpreenderá a todos. Já diz o velho ditado que acabei de criar: “Às vezes, a felicidade se encontra em momentos muito menos super”.
Eu, Super tem 40 páginas e custa R$ 15,00. Foi feita com traço em preto e branco, no estilo de rascunho. A edição conta, no final, com uma galeria de imagens realizadas por: Bianca Pinheiro, Cátia Ana, Eduardo Damasceno, Heluiza Bragança, Klebs Junior, Lu Cafaggi, Marilia Bruno, Melissa Garabeli, Pedro Leite e Vitor Cafaggi.
O título estará à venda na Comic Con Experience. Vale a pena conferir. O nosso, devidamente autografado por Peleias na Brasil Comic Con 2014, foi lido em menos de 10 minutos em uma viagem apenas pelo metrô carioca. Meu exemplar é o de número 104, de uma tiragem de 1000. O trabalho tem prefácio de Maurício Muniz, Editor da revista Mundo Nerd e da Gal Editora.
Detesto comparações, mas enxerguei algo de Daniel Clowes neste excelente quadrinho, o que é muito bom. Clowes é um dos papas da HQ underground dos Estados Unidos. Se Eric se inspirou nele, para criar sua Eu, Super, não poderia ter escolhido melhor referência. Cito The Death Ray, deste celebrado autor americano, como um primo próximo da nova graphic novel de Peleias.
Abaixo, veja algumas fotos que tirei de Eu, Super, incluindo a dedicatória que ganhei do artista, e a capa do quadrinho de Clowes, ao qual me refiro no texto.
Por PH.
Parabéns pelo bom gosto como não amar essas joias raras,uma viagens fantásticas a esse universo maravilhoso da banda desenhada.
Obrigada por proporcionar toda essa emoção PH, continue nos brindando com essas maravilhas amo demais tudo isso.
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