Sergio Aragonés nasceu em setembro de 1937, em San Mateo, Castellón, na Espanha. Ele é um premiadíssimo autor de quadrinhos, já tendo sido colaborador da revista MAD. Em 1980 criou o personagem Groo, o Errante, em parceria com o roteirista Mark Evanier.
Groo é um atrapalhado e estúpido bárbaro que é sagaz com as espadas. Sua capacidade em aniquilar sozinho um exército, em muito nos lembra o que fazem Asterix e Obelix, quando encontram uma tropa de legionários romanos pela frente. Não sobra soldado nenhum para contar história! E olha que Groo não toma poção mágica, como faz o gordo Obelix.
O nome do cachorro de Groo é Rufferto, uma espécie de primo distante de Rantanplan, o debiloide cão de Lucky Luke, numa versão um pouco mais inteligente.
Especialista na arte de destruir, Groo constrói em volta de si uma incrível fama de matador. Não é exatamente por maldade, mas ele sempre causa involuntários e catastróficos acidentes por onde passa. Dono de uma enorme ingenuidade e burrice colossais, ele também não entende a maioria das coisas que são ditas a ele.
Sátira ao famoso personagem dos gibis, Conan, criado por Robert E. Howard, Groo vive num mundo medieval que guarda muitas semelhanças com o nosso.
Recentemente, resolvi desencavar uma graphic novel do herói, de 2005, intitulada Groo: Impostos! Pague até morrer!. Com belíssimo acabamento em capa dura fosca, da Opera Graphica editora, a HQ reuniu quatro títulos da Dark Horse que saíram nos Estados Unidos. Por lá, se chamou Death and Taxes.
Sua história tem a ver com guerras sem sentido, que movimentam uma verdadeira indústria de fazer dinheiro, e impostos exorbitantes que são criados para mantê-las, não muito diferente do que acontece hoje em dia.
É nesse cenário que Groo entra em crise existencial e decide não matar mais ninguém, esperando que sua decisão o faça parecer mais simpático para as pessoas. Groo deseja mudar sua imagem e passar a ser amado! A partir daí, com a ordem natural das coisas invertidas, a sociedade terá de aprender a conviver com um novo e pacífico Groo, enquanto alguns tentarão lucrar com a situação.
Só para lembrar, a primeira aparição de Groo no Brasil aconteceu em 1989, em uma Graphic Novel da Editora Abril. Um ano depois, a mesma editora foi responsável por uma edição mensal de Groo, vendida até 1992. Sua trajetória editorial continuou, posteriormente, através de lançamentos da Pandora Books, Opera Graphica e Mythos (Groo – A Grande Crise).
Groo: Impostos! Pague até morrer! tem 112 páginas e posfácio de Mark Evanier. No final do quadrinho, existem quatro histórias curtas de Rufferto e texto com retrospectiva do personagem.
Esta HQ está esgotada, virou raridade e só pode ser achada em sebos e na internet. Felizmente, faz parte do acervo do Tujaviu!
Por PH.
Esse e do fundo do baú mesmo excelente presente para quem curte esse estilo não faz parte da minha geração mais curti muiiito.
Adorei a capa! nunca tinha ouvido falar dessa HQ, a capa e a arte já me encantaram espero ter a oportunidade de lê-lo um dia.