Nesta matéria, desencavamos a rara edição de “Tintin: Rumo à Lua”, de 1970, da Editora Record. Cartonado e com lombada em plástico, imitando couro, este volume deixou saudades! Pode soar como um pequeno detalhe, para os menos exigentes, mas a coleção atual de Tintin, impressa pela Companhia das letras, não perdeu apenas a sua luxuosa capa dura. Uma famosa foto de Hergé, ao lado de um dos astronautas que visitou nosso satélite natural, deixou de fazer parte da HQ “Rumo à Lua”. Nela, Hergé posa com um americano que realmente fez esta fantástica viagem sideral, imaginada com antecedência pelo desenhista. Em baixo dessa imagem, está escrito: “Em recente visita à Bruxelas, o famoso astronauta americano Coronel Frank Borman recebe das mãos de Hergé, autor das aventuras de Tintin, exemplares da edição inglesa de “Rumo à Lua” e “Explorando a Lua”. Hergé conseguiu antecipar em seus livros a descida do homem na Lua. Pode a verdade dos fatos apontar Neil Armstrong como o primeiro homem que chegou à Lua, mas para as crianças de todo o mundo, Tintin esteve lá primeiro”. Este histórico fragmento serviu para as mostrar aos leitores o quanto Hergé andava perto da realidade da corrida espacial de sua época, muitas vezes antecipando-a. Infelizmente, a foto desapareceu das mais recentes tiragens do herói. Só para lembrar, “Tintin: Rumo à Lua” foi lançado em 1953. Sua trama acontece logo após “Tintin: No País do Ouro Negro”. O Professor Girassol parte e pede para que Tintin e o Capitão Haddock o encontrem na Sildávia, onde o cientista se prepara, juntamente com uma equipe gigantesca, para colocar um gigantesco foguete em direção da Lua. O trajeto contará com as presenças dos detetives Dupond e Dupont e será alvo de sabotagem, por parte de uma potência estrangeira. “Rumo à Lua” , de 62 páginas, é uma das mais incríveis histórias de Tintin, tendo sido seguida pelo álbum “Explorando a Lua”. Note que no Brasil, Tintin é escrito com a letra M no final, fato que reprovo. Em minha opinião, o nome de um personagem não deve ser alterado, a não ser que seja impronunciável em determinado idioma, o que não acontece neste caso. Por isso, continuo a empregar a grafia Tintin, conforme se usa na França e Bélgica. Em Portugal, esta mudança não acontece mais, desde que os álbuns de Tintin passaram a ter a marca das Edições ASA.
Por PH.
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Por PH.
Que tesouro hein tujaviu! Eu tenho o Lótus azul do meu tintin, ganhei de presente em 2010 de uma pessoa muito especial que faz parte da minha vida até hoje amor eterno.Parabénsss
Vida longa as obras de Herger, vida longa a tintin! Quem sabe, as pessoas possam um dia apreciar novas aventuras do nosso eterno tintin, saudadeeee.
Muito legal. Tenho esse também. Dê uma olhada em um site que fiz com algumas infos dos carros nas estórias de Tintin. http://www.vergeiro.net. Abs