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Leia a resenha do Tujaviu para a versão em espanhol de “Barelli em Nusa Penida: Vol.2”, de Bob de Moor

Escrito por PH

DSC05049Barelli é um dos personagens mais famosos de Bob de Moor. Na maioria de suas aventuras, o personagem aparece desenhado em sintonia com a mais pura Ligne Claire. O estilo foi bastante popularizado por Hergé, o pai de Tintin, ex-chefe de Bob nos estúdios, onde foi produzida a maior parte dos títulos do destemido repórter de topete. O herói é um ator que viaja, acompanhado por sua trupe teatral, se apresentando em diversos lugares do mundo. Entre uma peça e outra, acaba trabalhando como uma espécie de detetive, ajudando seu amigo, o Detetive Moreau. Barelli em Nusa penida: Vol. 2, de Bob de Moor, álbum que é tema desta matéria, foi publicado no Jornal Tintin belga e francês, em 1952. Já teve três edições, em álbum, no idioma francês. Em 1980, saiu por Bédescope. No ano de 1983, foi publicado pelas Éditions du Lombrad. Mais recentemente, em 2013, ganhou uma luxuosa edição da belga BD Must. Na trama da HQ, Barelli e Moreau, com o objetivo de desbaratar uma quadrilha internacional de bandidos, chegam finalmente à ilha de Nusa Penida, como náufragos, depois de passarem por Saigon e Jacarta. De cara, são confundidos com exploradores que estariam dando a volta ao mundo em uma canoa e por isso, são recebidos com festa, embora a confusão não dure muito tempo e eles sejam desmascarados. Depois de ganhar a confiança do governador do arquipélago, inicialmente arredio aos estrangeiros, a dupla volta à sua missão inicial que seria a de localizar o chefe do bando criminoso que montou uma plantação no lugar. Para desmascararem o vilão, terão de se disfarçar de habitantes locais de ilhas próximas. Esses nativos estão a caminho de Nusa Penida para uma comemoração religiosa que acontece quatro vezes por ano. O evento se realiza no templo de Kuelang-Punalong, em honra ao deus Boughi-Woughi. Não vamos contar mais, para não estragar a surpresa de quem ler este clássico de Barelli, mas garanto que a trama promete, embalada por aquele visual característico que remete a Tintin. O volume lido para esta resenha me chegou às mãos, vindo de Barcelona, e foi lançado pela NetCom2 editorial em 2013. O quadrinho tem capa dura, 32 páginas coloridas e vem com um Ex-Libris. Saiu com uma tiragem de apenas 600 exemplares. O meu é o de número 490. Se alguém se interessar, a HQ pode ser comprada no site da Netcom, juntamente com o restante da coleção. São 8 tomos no total, incluindo uma edição ilustrada com farto material sobre Bob de Moor e Barelli. Apesar de terem sido editados em espanhol, podem ser lidos sem maiores dificuldades pelos brasileiros, afinal, essa língua não chega a ser um mistério para nós. É uma pena que publicações neste idioma cheguem muito pouco às livrarias. Abaixo, veja a capa desta preciosidade e a foto que tirei dela, em meu local de trabalho.

Por PH.

Imagens: Bob de Moor & Le Ftureur sprl – BD Must / NetCom2 editorial.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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