Bob de Moor foi o principal assistente de Hergé, o pai de Tintin. A participação dele nas aventuras do destemido repórter de topete é muito maior do que se imagina. Tem gente que não sabe, mas entre outros feitos, Bob desenhou boa parte da reedição inglesa de A Ilha Negra, em 1965. Entre suas séries solo, estão: “Monsieur Tric”, “Cori”, O Grumete” e “Barelli”. Esta última citada tem Georges Barelli, uma mistura de ator com detetive, como protagonista. Em Barelli em Nusa Penida: Vol. 1, o herói estará bem longe da Europa, apesar da trama começar em Paris, bem às margens do Rio Sena. Desta vez, Barelli e o Inspetor Moreau, outro personagem recorrente da franquia, partem com destino à Nusa Penida, uma ilha situada no Mar de Java. Vão em busca de bandidos, cujo chefe teria montado uma plantação na região. O bando deveria reunir-se ali, caso a polícia os interceptasse, o que acaba acontecendo. Durante percurso aéreo, a bordo de um avião Constellation, a dupla passa por Saigon e chega a sua última parada, Jacarta, na Indonésia Lá, Barelli e Moreau pegam um barco para Nusa Penida, mas a embarcação acaba não chegando lá. Após uma tempestade, caem no mar e chegam a um arquipélago dominado por canibais. Será este o fim de nossos corajosos viajantes ou conseguirão sair dali e retornar à trajetória inicial da viagem? Você conhecerá todas as respostas para esta pergunta nesta HQ que é um verdadeiro ícone da banda desenhada. São 32 páginas que saíram pela primeira vez no Jornal Tintin belga, em 1951. Em seguida, a história ganhou algumas versões em álbum. As edições saíram pelas seguintes editoras: Bédescope (1980), Le Lombard (1982), BD MUST (2011) e NetCom2 editorial (2013). Foi esta última citada, no idioma espanhol, que serviu de base para a matéria. Com tiragem limitadíssima, toda a coleção de Barelli está à venda no site da NetCom2 editorial. Pesquisei na internet e posso dizer que esta minha resenha era, até este dia, praticamente a única que existia sobre Barelli en Nusa Penida: Vol. 1. Nem em francês, achei algo na rede. Espero ter contribuído para reviver este grande momento da Ligne Claire. A seguir, veja a capa desta preciosidade que nos chegou às mãos, vinda de Barcelona, e uma imagem que mostra todos os tomos de Barelli.
Por PH.
Imagens: Bob de Moor & Le Ftureur sprl – BD Must / NetCom2 editorial
Cada vez mais me surpreendo com essas raridades do site, vocês estão mais informados que mtas editoras que tem por ai. quem sabe a futura editora tujaviu publique essas inéditas.
Que arte maravilhosa é muito bom ser surpreendida todos os dias com essas preciosidades essa emoção não tem preço!!!!