Quadrinhos

Leia a resenha do Tujaviu para “Astron: O Super-Robô!”, novo herói brasileiro de Wellington Srbek e Kris Zullo

Escrito por PH

dfdsfgfdsgsfddfdfdsDe autoria de Wellington Srbek (roteiro) e Kris Zullo (ilustrações), Astron: O Super-Robô! é uma das grandes novidades que estão chegando às livrarias do país. O volume repete a bem-sucedida parceria realizada em Força Animal: A Aventura Começa!, HQ que também foi impressa pela premiadíssima Editora Nemo. A publicação possui 32 páginas, formato de 20 x 28 cm, capa em brochura e preço de R$ 19,90. Assim que recebi um exemplar de cortesia, corri para fotografá-lo em meu costumeiro meio ecológico de transporte, o metrô do Rio de Janeiro, local onde costumo ler a maior parte dos quadrinhos que me chega às mãos. Posso dizer que Astron está em um nível bem alto, de arte e texto, em sintonia com o que se faz lá fora, em edições do gênero. Imagino que poderia tranquilamente receber a marca de uma Dark Horse Comics, mostrando a revolução que nossos quadrinistas estão promovendo nos gibis made in Brazil. A grande diferença aqui é que os heróis destas novas aventuras tem nomes nacionais, sem estrangeirismos, e tramas que podem se passar em ambientes que nos são familiares, como comunidades a mercê de enchentes provocadas por chuvas torrenciais. Em Astron: O Super-Robô!, ver uma sirene em funcionamento, avisando aos moradores de uma dessas áreas de risco que precisam deixar suas casas, em meio à possibilidade de um desastroso dilúvio, nos coloca dentro da realidade cruel de nosso país. Em seu primeiro ato heroico, conseguirá Astron evitar essa tragédia anunciada e salvar preciosas vidas humanas? O Robô é um personagem que vai surgindo, enquanto a narrativa é contada, numa clara alusão a Frankestein. Seu criador é o Doutor Nicodemus Rosas. Embora esteja à frente do projeto de construção deste ser cibernético autônomo, o cientista vê todas as suas pesquisas sofrerem um desvio radical. O fator chave para a mudança também é um raio, mas as semelhanças com o romance inglês param por aí. Diferenciando-se da lenda criada por Mary Sheley, a criatura acaba por construir a si mesma e adquire inteligência própria. Desta maneira, o atualíssimo roteiro de Srbek evoca as mais modernas teorias de robôs auto-replicantes, tecnologia ainda em fase embrionária de pesquisas. Os desenhos de Zullo são detalhados e enchem cada prancha com beleza e grafismos modernos que encantam aos olhos mais exigentes. Seu traço conseguiu dar expressão e alma a esse enorme ser de lata. No quesito diagramação, os autores preferiram optar por um número pequeno de quadrinhos por página, seis no máximo, o que permite uma leitura fácil e direta. Não demorei muito para conferir este álbum e já desejar outro. No final, dei de cara com um elucidativo diagrama do robô (Por dentro de Astron), que revela os segredos que existem por trás de sua engenhosa e futurista armadura metálica. Nota dez para esse arrojado trabalho da dupla Srbeck e Zullo! Que venham muitas outras sequências desta espetacular franquia por aí.

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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