Opium foi uma minissérie lançada pela Editora Abril, em 1990, através de três edições que circularam em bancas de jornal. O preço de capa de cada uma delas foi fixado, na época, no valor de Cr$ 160,00. É bom lembrar que não estávamos ainda em tempos de Real. Seu autor é o mesmo que criou o personagem Rocco Vargas, o renomado Daniel Torres, artista espanhol que é um dos mestres do estilo Ligne Claire. Torres e um fã incondicional das obras de Hergé e de Edgar Pierre Jacobs. Por causa disso, é normal que seu traço soe a “Tintin” e a “Blake e Mortimer”. É aquela velha história do uso de cores chapadas e emprego de visual retrô, inspirado nos anos 1950, mesmo que a trama seja futurista. Opium circulou pela primeira vez na revista Cairo, em 1982, e somente em 1990, simultaneamente com a versão bras ileira, foi publicada pela Norma Editorial. A série tem capa, narrativa e supervisão de roteiro de Torres. Os roteiros ficaram a cargo de Pérez Navarro e Factoria ACME, enquanto o desenho foi feito por Incha e Ramón Marcos, com cores de Paco Hernández. Opium é uma espécie de paródia absurda dos dias que estão por vir e que dá um grande espaço para os malfeitores. O principal deles é Sir Opium, ser que é a própria essência do mal. Junto com seus companheiros, representa todos os tipos de clichês de vilões que já surgiram no cinema. Visualmente, Opium é uma espécie de mistura de Mandrake, de Lee Falk, com Olrik, o maior inimigo de Blake e Mortimer. A trama tem ainda a presença do multimídia Ruben Plata e do brutamontes Gulp. Há ainda as figuras femininas da sensual Acapulco Gin e de Branca Clara, cujo prometido amoroso é Ruben Plata. Todos estes compõe um universo às avessas, em que o mal pode vencer. Fica registrada aqui,à minha homenagem a Daniel Torres, artista natural da cidade de Valência, que é um de meus preferidos autores dos quadrinhos.
Por PH.
Que sonho hein? Queria eu poder conhecê! Amei o post, as cores, ficaram perfeitas!!"!