Lançada pela Salamandra, "A Guerra dos Botões" é uma das ótimas HQs da temporada

Publicada originalmente, em 2011, pelo selo francês Delcourt, A Guerra dos Botões (La Guerre des Boutons) é um dos ótimos quadrinhos que circula pelas livrarias do país, neste ano de 2013. Ostentando a marca da paulistana Editora Salamandra, trata-se da transposição de um clássico da literatura juvenil, de Louis Pergaud, para as páginas das HQs. Os responsáveis pelo projeto são: Philippe Thirault (roteiro), Aude Soleilhac (desenhos) e Isabelle Merlet (cores). O volume, como acontece lá fora, pertence à coleção Ex-Libris – Clássicos em Quadrinhos que já teve títulos como: Robinson Crusoé (Christoph Gauthier), Frankenstein (Marion Mousse), Tom Sawyer (Jean David Morvan e Frédérique Voulyzé), A volta ao mundo em 80 dias (Aude Soleilhac e Anne-Claire Jouvray), A Ilha do Tesouro (David Chauvel, Fred Simon e Jean-Luc-Simon), Os Três Mosqueteiros (Rubén) e Oliver Twist (Olivier Deloye). Custando R$ 41,90, a edição é impressa em brochura, no formato de 22 x 29 cm. Sua trama se passa na França do início do século XX, no ano de 1912, mostrando a realidade de jovens camponeses. A história envolve as crianças de duas aldeias vizinhas que costumam lutar entre si, usando porretes, pedras e estilingues. Desta vez, comandados por Lebrac, os meninos do vilarejo de Longeverne têm um plano para serem os vencedores do conflito, cortando os botões das roupas de seus inimigos, forçando-os a retornarem quase nus para casa, garantindo uma inesquecível humilhação a eles. Apesar do clima de hostilidade, os dois líderes dos grupos adversários desenvolvem uma inesperada amizade um pelo outro, o que não impede que a narrativa caminhe para um clima sombrio. Sobre o autor da obra, Louis Pergaud nasceu no leste da França, em Belmont, região que serviu de inspiração para todas as suas criações. Em 1903, publicou sua primeira coletânea de poemas, intitulada A Aurora (L’Aube). Em 1912, o escritor lançaria a “A Guerra dos Botões: romance de meus doze Anos”, obra que se tornaria seu grande carro-chefe. No ano de 1915, por ocasião da Primeira Guerra Mundial, foi gravemente ferido, aprisionado pelos alemães e morto por fogo amigo. Seu corpo nunca foi achado. Na Livraria da Travessa de Ipanema, localizada na Rua Visconde de Pirajá, 572, no Rio de Janeiro, tirei algumas fotos deste A Guerra dos Botões, da Editora Salamandra, devidamente aprovado pelo site.