No quadro HQs Inseridas no Cotidiano, a Nau dos Descobrimentos serve de cenário para fotos de Peter Pan 2, da Editora Nemo

Desde que botei as mãos no segundo volume de Peter Pan, de Régis Loisel, resolvi dar continuidade a “HQs inseridas no Cotidiano”, quadro que criei para o Twitter. Através dele, transporto os quadrinhos para as ruas e tento fotografá-los, em meio a cenas do dia a dia. É no metrô carioca que tenho produzido boa parte dessas imagens, mas já levei o Rei Lear, da Nemo, para ser clicado em frente ao Teatro Municipal carioca e providenciei para que o original de As crianças da Sombra, do mesmo editor, fosse registrado em vários locais inusitados. No caso de Peter Pan 2, também da Nemo, o lugar imaginado para uma sessão de fotos, não poderia ter sido melhor. Assim, numa manhã nublada da semana passada, rumei em direção ao Espaço Cultural da Marinha, no Rio de Janeiro, onde existe um modelo em tamanho natural de uma nau da época dos descobrimentos. O barco, chamado de Capitânia, foi construído no ano 2000, como parte das comemorações do 5º centenário do descobrimento do Brasil. Entregue à Marinha do Brasil, em 2008, a embarcação está ancorada no mar que banha a Avenida Alfred Agache, s/nº, no Centro. Feito com o uso de fontes iconográficas do século XVI, o navio serviu de cenário para diversas imagens que se encaixaram perfeitamente com este álbum da série Peter Pan. Não é exatamente de origem pirata, mas remeteu ao clima de corsários que existe na saga de Loisel. Para quem não sabe, seis edições de Peter Pan foram publicadas na França e reunidas em três volumes pela Editora Nemo, selo mineiro que tem alcançado destaque, ao publicar o que há de melhor na Nona Arte europeia. Depois do sucesso do primeiro Peter Pan, que incluiu duas aventuras da série, chegou às livrarias do país, um novo tomo que traz “A Tempestade” e “Mãos Vermelhas”. Desta vez, após enfrentar seus primeiros desafios na Terra do Nunca, o irreverente Peter auxiliará o fauno Pan e seus amigos do povo imaginário, em um plano para enganar o Capitão dos piratas. Mas as coisas não saem como planejado e Peter terá de lidar com as terríveis consequências e a responsabilidade de ser um chefe. São 120 páginas de pura aventura, sobre imaginação e crueldade, amizade e coragem, que vão encantar os leitores. Peter Pan, de Régis Loisel, vendeu mais de 1 milhão de exemplares no Velho Continente. O segundo número da coleção tem 120 páginas, tradução de Fernando Scheibe, formato de 24 x 32 cm e custa R$ 69,00. Peter Pan foi criado por J.M.Barrie, inicialmente como personagem da peça Peter e Wendy. Em 1911, o autor adaptou o texto para um livro, de mesmo título, que já ganhou várias versões para o cinema, incluindo o famoso desenho animado da Disney, de 1953. A narrativa de Loisel é uma livre versão da história de Barrie. A seguir, veja as imagens que consegui deste quadrinho, junto à Nau dos Descobrimentos.