Conferimos uma das HQs de Taxi, série do desenhista espanhol Alfonso Font

Taxi é um quadrinho que tem a autoria de Alfonso Font, um conceituado desenhista espanhol, natural de Barcelona. Somente três títulos da saga foram produzidos, dentro da coleção Cimoc Extra Color: El Laberinto del Dragón (1988), Un Crucero al Infierno (1989) e La Fosa del Diablo (1991). Esta série da Norma Editorial foi impressa em brochura e posteriormente publicada em álbuns cartonados. Na mais popular HQ de Font, Taxi é uma sensual jornalista de cabelos louros e curtos que se mete em sérias confusões para realizar suas matérias investigativas. Tive a oportunidade de ler apenas o segundo volume de Taxi e constatar o apurado talento gráfico do artista e a maneira como a qual cria um ambiente extremamente colorido. Nesta história, a protagonista investiga o roubo de um vagão de trem que transporta um perigoso carregamento radioativo. Logo, ela descobre que o mentor do roubo é um milionário árabe e traficante de armas que pretende vender o material como base para se fabricar uma arma nuclear. Para tentar conseguir um furo jornalístico, Taxi decide embarcar no iate do ricaço, se passando por uma outra mulher. Infelizmente, o truque é rapidamente descoberto e a missão e a vida da garota se encontram em perigo. A narrativa se desenrola por Barcelona, Málaga, Egito e Deserto do Saara, levando nossa corajosa repórter a passar por sérias dificuldades. Ela acaba virando refém do Comando Palestino, fica sem água e enfrenta estradas cobertas por areia, impedindo seu trajeto de carro por uma das mais áridas regiões do planeta. Enquanto isso, o leitor é brindado com muita ação e cenários belíssimos que incluem construções milenares. Em relação ao autor da obra, Alfonso Font nasceu em 1946 e começou nas HQs, de maneira inteiramente autodidata. Seus primeiros trabalhos foram publicados pela Bruguera, ainda em 1964. Destacou-se na França, onde passou a morar a partir de 1975, colaborando com os roteiristas como: Patrick Cothias, Jean-Michel Charlier e Víctor Mora. Como sempre, a leitura para a realização do post foi feita em viagens pelo metrô carioca. Nosso mundo precisa reduzir a quantidade de carros em circulação pelas ruas. Quadrinho é cultura! Divulgue isto!