
Iznogud surgiu, em 1962, por obra de René Goscinny, o roteirista de Asterix, e do desenhista Jean Tabary. Inicialmente, funcionado como personagem secundário de As Aventuras do Califa Harun Al Mofad (Harén Al Mofadah no Brasil), ele logo passaria a ter suas próprias revistas em quadrinhos, a partir de 1966. A péssima índole desta figura das HQs foi a grande responsável pela forma com a qual é conhecido. É que o autor quis fazer um trocadilho com uma frase em inglês que definia o caráter de sua criação. De “is no good” (“não é bom”), veio o nome Iznogud. Bastante popular na Europa, a série gira em torno de um invejoso e maligno Grão-Vizir de um reino árabe que quer derrubar o califa e assumir o poder. Não é à toa que seu bordão mais famoso é: “Eu quero ser califa no lugar do califa”. Falecido em agosto de 2011, Tabary era sueco e começou na Arte Sequencial, em 1950, na revista Vaillant. O sucesso do artista, entretanto, veio mesmo da parceria com o pai do gaulês Asterix. Depois que Goscinny faleceu, em 1977, ele tocou sozinho uma emblemática franquia que já editou mais de 25 álbuns e atingiu a cifra de 10 milhões de exemplares vendidos. O grande êxito levou Tabary a fundar sua própria editora (Éditions Tabary) que segue editando as histórias de seu herói mais famoso. Além de transitar pelo mundo das HQs, Iznogud virou desenho animado e teve um longa, com atores de verdade, produzido em 2005. No Brasil, Iznogud já foi publicado pela Rio Gráfica Editora e pela Editora Record. Andando pelo centro da cidade do Rio de Janeiro, localizamos em um sebo, perto da Rua Camerino, As Férias de Iznogud, da RGE. Pela bagatela de R$ 7,00, conseguimos um raro título que faltava em nossa coleção e que acabou inspirando esta matéria. A seguir, mostramos a capa de nossa mais nova aquisição.
Por PH.
