Está chegando em maio o terceiro volume de Centaurus, saga francesa de ficção científica que eu tive o prazer de conhecer em 2015, com roteiro do brasileiro LEO e Rodolphe (Trent, Survivants e Kenya) e desenhos de Zoran Janjetov (Avant L’Incal).
Antes de publicar sua sinopse, começo narrando os fatos descritos em Centaurus: Tome 1: Terre Promise (Terra Prometida).
Num futuro próximo, a Terra se torna inabitável e uma nave gigantesca, em forma de cilindro, é construída como parte do Projeto Vera. Seu objetivo é o de achar um lugar nos confins da galáxia, parecido com o nosso, e que possa abrigar os inúmeros humanos que viajam nesta Nave-Mundo, geringonça que possui gravidade e ecossistema próprios. Qualquer semelhança com a Arca de Noé é mera coincidência! Lá dentro, tudo se parece com o nosso planeta, incluindo vegetação, animais, rios, casas, prédios, vilarejos e muito mais. Boa parte de seus habitantes nem percebe que está a bordo de um veículo espacial. O problema é que depois de passados 403 anos, o desgaste do tempo começa a provocar rachaduras na estrutura da nave. E não é só isso! Uma pequena e misteriosa estrutura, adicionada clandestinamente do lado de fora do enorme artefato para permitir a entrada de algum visitante indesejável, foi descoberta recentemente. Quem teria criado essa passagem? Qual seriam as intenções de que quem entrou secretamente na Nave-Mundo?
Não demora muito para que o imenso objeto voador se encontre perto de um planeta habitável. Uma expedição é montada então para visitar este novo universo, povoado por dinossauros bizarros e onde existe uma antiga construção, envolta por uma alta muralha. Da equipe, fazem parte, entre outros, as gêmeas June e Joy e o brutamontes Bram, apaixonado por Joy. O fato estranho a respeito destas duas garotas é que elas possuem poderes paranormais bem peculiares. June é uma espécie de vidente cega e que enxerga pelos olhos da irmã.
A história de Centaurus: Tome 2: Terre Étrangère, publicado no dia 16 de março de 2016, se passa após a chegada dessa primeira equipe de reconhecimento ao planeta misterioso. O grupo consegue entrar na enigmática fortificação de pedra e encontra um local desabitado há muito tempo, no qual suas instalações foram construídas para indivíduos gigantes. Além disso, nossos heróis interplanetários se deparam com bizarros filhotes de um enorme pássaro, com uma estranha mancha azul de forma humana e com pequenos seres que parecem ter saído do filme Contatos Imediatos do Terceiro Grau. Não são apenas estas criaturas cinzentas, e que lembram crianças, que nos remetem à produção cinematográfica de Steven Spielberg. Tudo que se vê, daí para frente, tem a ver com esta película de 1977. Se contar mais, estrago a surpresa, mas posso afirmar que serão cenas grandiosas e que deixarão o leitor perplexo. Conseguirão as visões de June dar tranquilidade à missão e ajudar a preparar o terreno para a descida de mais humanos a este ambiente aparentemente inóspito e cheio de surpresas?
Em maio, os leitores francófonos poderão curtir o terceiro tomo da epopeia futurista de Leo, Rodolphe e Janjetov, Terra de Loucura (Terre de Folie), trazendo um detalhe do final volume dois que eu nem havia mencionado, para evitar spoiler, mas que foi liberado agora no resumo fornecido pelo editor, envolvendo uma das mais famosas construções medievais europeias. É que a equipe de reconhecimento que desembarcou no planeta Vera se depara com um Monte Saint-Michel, exatamente igual ao que existe na França e incrivelmente reconstituído, mas completamente abandonado. Nessa estranha e familiar construção estranhamente clonada, o grupo encontra dinheiro terrestre e bolas de neve para turistas. Os mistérios e perigos que envolvem o planeta aumentam cada vez mais.
Em breve, estarei escrevendo a minha própria resenha dessa aventura espacial que leva a marca da Delcourt. Até lá!
Por PH.