88 anos depois de sua criação para o suplemento infantil do jornal belga Le Vingtième Siècle, Tintin no País dos Sovietes será republicado em uma versão colorizada, com início de vendas previsto para o dia 11 de janeiro de 2017.
O lançamento coincide com a comemoração dos 100 anos de Revolução Russa, evento considerado por muitos como o maior acontecimento da história da humanidade.
Até então, essa era o único argumento do herói que restava em preto e branco, até que as Edições Moulinsart/Casterman e Fanny Rodwell, viúva de Hergé e herdeira dos direitos sobre sua obra, decidissem optar pelo projeto de colorização da aventura, uma verdadeira surpresa!
O resultado final da empreitada surpreendeu por um visual clean e uma certa e inesperada modernidade, retomando um roteiro ágil e cheio de entusiasmo, mostrando o vigor de um jovem artista de apenas 21 anos que se preparava, sem saber, para criar um mito universal da banda desenhada, ao final de 24 volumes e uma infinidade de livros sobre Tintin e seu criador.
Como mostra a capa do álbum, o repórter segue rápido, junto ao fiel cão Milu, a bordo de um automóvel conversível. Para dar ideia de velocidade à cena, Hergé levantou o topete do rapaz, como efeito de reação ao vento, e nunca mais o baixou. Transformou esse pequeno detalhe do cabelo de Tintin em sua principal e gráfica marca registrada.
Apurei que pelo menos duas versões de Tintin au pays des Soviets serão lançadas. A regular custará €14,95. Uma outra, de luxo, circulará ao preço de € 31,50, bastante parecida com a edição antiga, em preto e branco.
Eu prefiro a mais barata, que possui uma nova estampa!
Por PH.