No início do século XXI, o Hemisfério Norte é devastado por um período glacial. A situação política mundial torna-se caótica e o buraco na Camada de Ozônio causa estragos. Para salvar a atmosfera, o tráfego de aviões foi reduzido ao estritamente necessário.
Em contrapartida, os países constroem a maior estrada do mundo, a C3C, a Autoestrada Circumpolar, pela qual passam a circular as cargas que antes cruzavam os céus.
Em toda a parte, os meninos pobres sonham em se tornar caminhoneiros e viajar pelos os continentes ao volante de enormes caminhões. Tsagoi, o Gipsy, é um deles! Não joga tênis, não sabe o que são rosas e deu o nome de Estrela ao seu caminhão. Ele e seu veículo robusto entrarão em rota de colisão contra um mundo turbulento e que não deseja que ele tenha sucesso em suas missões.
Nesta aventura de partida, ele estará acompanhado por sua imã Oblivia, que ele não via desde pequena, e ainda contará com a ajuda de uma linda e sensual caminhoneira.
Esse é o resumo oficial do álbum A Estrela do Cigano, da série Gipsy, versão em português publicada pela lusitana Meribérica, em 2001, para o original L’Étoile du Gitan, editado pela Dargaud da Suíça no ano de 1993.
Seus autores são o italiano, nascido na Suíca, Thierry Smolderen (roteiro) e Enrico Marini (desenhos).
Em relação ao italiano Marini, como já havia me chamado atenção o amigo Giorgio Cappelli, sua pegada carrega muito de Katsuhiro Otomo, o autor de Akira. Talvez por isso, inicialmente, seu traço tenha tido bastante a ver com o Japão e o mangá, embora o artista também seja declaradamente fã de Hermann e Moebius.
Igualmente desenhista de Rapaces e Le Scorpion, Marini cria pranchas muito bem elaboradas em Gipsy, e que refletem um mundo futurista decadente, em mutação, onde o Hemisfério Norte enfrenta frio siberiano, enquanto o Hemisfério Sul passa por uma onda de calor absurda.
Thierry Smolderen, o escritor de Gipsy, é também responsável pelo texto de L’Enfer des Pelgram (Delcourt, 1998-2000) e Ghost Money (Dargaud), juntamente com o ilustrador Dominique Bertail.
Os outros títulos portugueses da saga tiveram continuação pela ASA: As Chamas Da Sibéria (2002), O Dia Do Czar (2003), Olhos Negros (2003) e A Asa Branca (2005).
Por PH.