Tanguy e Laverdure são personagens dos quadrinhos franco-belgas que surgiram, em 1959, idealizados pelo desenhista Albert Uderzo, um dos criadores de Asterix, e pelo escritor Jean-Michel Charlier.
Com o sucesso do pequeno guerreiro gaulês, na década de 1960, Uderzo se viu obrigado a abandonar Tanguy e Laverdure, passando a dedicar-se exclusivamente a Asterix, junto com o parceiro René Goscinny.
Desde então, a série já levou o traço de Jijé, Patrice Serres e Al Coutelis. Depois do falecimento de Charlier, em 1989, a série voltou em 2002, realizada por Jean-Claude Laidin e Yvan Fernandez, este último, substituído por Renaud Garreta, em 2005. No final de 2012, a parceria entre Laidin (texto) e Fernandez (arte) retornou às livrarias. Foi deles, a autoria de Le Vol 501 ne répond plus (O Voo 501 não responde mais).
Nesta história, os destemidos pilotos da Força Aérea Francesa vão parar na base de Kourou, na Guiana Francesa. Neste cenário, eles se depararam com o sequestro do filho de Isa Thobard, responsável pelo Centro Espacial de Kourou. Isa está sendo chantageada e só terá seu rebento de volta, caso entregue os segredos do foguete Ariane. Tanguy e Laverdure logo compreendem que uma tentativa de sabotagem está em curso e que terão que enfrentar um poderoso inimigo.
Em dezembro de 2015, foi a vez de Taïaut sur bandits !, o tomo 29 da franquia. Continuação de Vol 501, a HQ tem autoria de Jean-Claude Laidin et Frédéric Toublanc.
Neste quadrinho, Tanguy e Laverdure estão às voltas com o bando de espiões que levou o pequeno Yoãn, filho da engenheira chantageada na trama anterior. Os bandidos tentam recuperar de qualquer maneira o motor revolucionário do foguete Ariane, explodido em voo pelas autoridades francesas, para evitar que caísse em mãos estrangeiras.
Tentando resolver o caso, Laverdure acaba se acidentado com seu avião, ao desviar de um hidroavião e se chocar com pássaros, e fica perdido na selva amazônica. Mas a busca aos malfeitores continua e nossos heróis ainda terão que impedir que os mercenários cruzem a fronteira com o Brasil, levando o produto de seu roubo, e ainda salvar o jovem refém que segue em mar aberto em um iate dos criminosos. O barco tem a bandeira do Brasil.
Ação aérea, muita intriga, espionagem, paisagens deslumbrantes e incríveis aviões fazem parte das duas HQs. Seus roteiros e desenhos não chegam aos pés dos realizados por Jean-Michel Charlier e Uderzo, respectivamente, mas vale a pena conferir.
Como ponto negativo, o excesso de termos técnicos e ligados à aviação cansa um pouco a leitura.
Por PH.
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