O quadrinho que é tema deste artigo deve ser desconhecido pela grande maioria dos leitores de banda desenhada. É que em 1977, Édouard Aidans e Jean Van Hamme criaram um herói para a revista Super-As que nos remetia imediatamente à Marvel.
Embora se chamasse Tony Stark, apenas seu nome e conta bancária recheada tinham a ver com o cientista americano dos quadrinhos que criou a armadura do Homem de Ferro e que trabalha em conjunto com os Vingadores.
Como curiosidade o crédito a Van Hamme, pouco conhecido na época, foi completamente suprimido. Só para lembrar de sua importância com escritor de BDs, ele esteve posteriormente por trás de narrativas de Largo Winch, XIII, Thorgal e Blake e Mortimer.
A série foi publicada em álbuns, de 1979 a 1982, pelas editoras Fleurus, Novedi e Hachette, tendo contado ao longo do tempo com a ajuda de Claude Laverdure nos desenhos e de Luce Daniels nas cores.
No total, foram seis títulos editados: Une valise en enfer, Le prisonnier du ciel, Le lion d’un million, Les voleurs de nuages, Opération Jonas e La peau des autres. Destes citados, só possuo o segundo e o quarto tomos.
Este Tony Stark criado na Bélgica é um rico e famoso escritor americano de best-sellers, aventureiro e homem próximo da natureza. Sua primeira aventura começa num evento organizado pelo editor para lançar um de seus livros. Durante a comemoração, um puma invade a festa e come um anel valiosíssimo que pertence a uma das endinheiradas convidadas. A mulher, furiosa, decide colocar a cabeça do animal a prêmio e uma caçada se inicia! Tony Stark toma então para si a missão de salvar o felino, ajudado por Karin Stern, uma perseverante militante ativista ecológica.
O clima desta HQ é de Western, embora ela esteja fortemente ligada a questões que envolvem a preservação do verde e de nosso planeta contra a ação destruidora do homem, temática bastante atual.
Depois de muito tempo, Tony Stark voltou às livrarias europeias em 2015, através de uma nova edição com cores restauradas pela editora Artège.
Vale a pena conhecer. Para a maioria, só falta a tradução para o português!
Por PH.
Nossa… só de ler sua resenha já fiquei curiosa, imagina lendo?