Os Peles-Vermelhas é uma série do holandês Hans Kresse, saudoso artista das HQs que nasceu em Amsterdam, no ano de 1921. Sua saga, em francês, circulou originalmente com a marca da belga Casterman, entre 1974 e 1982. Mesmo tendo levado o Prêmio de Melhor Obra Realista Estrangeira do Festival de Angoulême em 1977, por seu primeiro álbum, Kresse foi obrigado a cancelar Os Peles-Vermelhas no começo dos anos 1980.
Criada em 1974, a franquia tem história se passando na época dos primórdios do Faroeste. Tudo é representado com perfeição e riqueza de detalhes por Kresse, quadrinista que conseguiu dar uma visão mais humana aos índios da América do Norte.
Na trama do quadrinho, o personagem principal é Anua, o filho do chefe da tribo dos Faraondes, cuja trajetória de vida se confunde com o desparecimento de seu povo, aniquilado pelos conquistadores europeus. Tudo se desenrola em pleno século XVI, entre o Rio Grande e os Pecos, mostrando a luta de Apaches e Pueblos contra os espanhóis e outras nações indígenas.
A coleção chegou a sair inteira em nossa língua pela portuguesa Difusão Verbo. Os álbuns lusitanos, editados entre 1977 e 1983, foram os seguintes: Os senhores do Trovão (Les Maîtres du Tonerre), Os Herdeiros do Vento (Les Héritiers du Vent), Companheiros do Lal (Les Compagnons du Mal), O Apelo dos Coiotes (L’Appel des Coiotes), As Flechas da Vingança (Les Fléches de la Vengeance), O Ouro das Montanhas (L’Or des Montagnes), Os Caçadores de Abutres (Les Chausseurs des Vautours, O Preço da Liberdade (Le Prix de la Liberté) e A Honra do Guerreiro (L’Honneur du Guerrier).
Na minha época de criança, costumava achar os volumes de Os Peles-Vermelhas, à venda na extinta Livraria Record da Avenida Nossa Senhora de Copacabana, próximo ao hotel Copacabana Palace. Infelizmente, não conservei nenhum de meus exemplares destes tempos. Os únicos que sobreviveram na coleção tem idioma em francês: Les Héretiers du Vent, Les Flèches de la Vengeance e L’Honneur du Guerrier. São os que aparecem fotografados no plástico, logo abaixo.
Este é mais um quadrinho bacana que quase ninguém no conhece no Brasil! Uma pena!
Por PH.
Verdadeiras jóias raras ultrapassam a barreira do tempo.Parabéns!!!