Quadrinhos

Publicada em 1976, O Homem da Estrela de Prata foi a primeira HQ do Tenente Blueberry impressa no Brasil

Escrito por PH

ghggRelembrando a primeira aparição do Tenente Blueberry no Brasil, voltamos ao começo de 1976, ano em que a Editora Abril lançou O Homem da Estrela de Prata em duas versões, uma em capa dura e outra em brochura. A aventura correspondia ao sexto volume de Blueberry, publicado pela francesa Dargaud em 1969.

A versão brasileira do título apresentou uma capa alterada em relação à original, na qual foram adicionados alguns quadrinhos à ilustração, provavelmente, com a intenção de deixar o álbum mais atrativo para o leitor.

L’homme à l’étoile d’argent, como sempre, contava com texto de Jean-Michel Charlier e desenhos de Jean Giraud (Moebius).

Em suas 47 páginas, somos transportados transportados para o Velho Oeste, representado de maneira extremamente cinematográfica e com pranchas deslumbrantes que devem ter cativado muitos fãs do italiano Tex. 

Segundo a trama da BD, o velho e ébrio Mc Clure chega à pequena Silver Creek e logo percebe que o vilarejo está prestes a ser controlado por um rico proprietário de terras que deseja se tornar o chefe absoluto do lugar. Como todos os xerifes da cidade estão sendo postos para correr, Mc Clure apela a Blueberry para que ele assuma o complicado posto de Homem da Lei da localidade.

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Os desenhos deste quadrinho já são bastante diferentes daqueles primeiros de Forte Navajo, de 1965, representando uma grande evolução no traço de Giraud e uma nítida ruptura com o visual dos cinco primeiros tomos anteriores. O rosto de Blueberry, entretanto, segue incrivelmente semelhante ao de Jean-Paul Belmondo. O fato não se deu à toa, já que em 1963, Jean-Michel Charlier e Giraud pediram autorização expressa a Belmondo para que pudessem usar suas feições no rosto de Blueberry na série.

O título que é tema desta matéria retornaria em 1992, pela mesma Abril, através de Tenente Blueberry Nº 1 O Homem da Estrela de Prata. Infelizmente, a impressão desta HQ, como das outras desta coleção mais recente, não fez jus à importância de Blueberry para o mundo franco-belga dos quadrinhos. Apesar de colorida, a simplória revista ficou bem distante do conceito de um legítimo álbum europeu de banda desenhada. Na minha opinião, seria melhor que não tivesse sido lançada!

Por PH.

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Sobre o Autor

PH

É ex-locutor do TOP TV da Record e radialista. Também produz a série Caçador de Coleções e coleciona HQs europeias, nacionais e quadrinhos underground

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