Desde que Tintin começou a ficar popular na Europa, logo após o final da Segunda Guerra Mundial, já havia uma ideia de levar o personagem idealizado por Hergé para o cinema. Todas as tentativas postas em prática até então, não tinham produzido um resultado melhor do que aquele encontrado nas HQs belgas do herói.
A primeira delas veio em 1947, através de uma tosca e sofrível adaptação de O Caranguejo das Tenazes de Ouro, filme realizado pela dupla João B. Michiels/Claude Misonne. Foi uma animação Stop Motion, de resultado duvidoso, que chegou a sair em DVD lá fora. Infelizmente, ainda não botei as mãos nele, mas o farei!
Já nos anos 1960, tendo Jean Pierre Talbot no papel do jovem repórter, surgiram os primeiro longas com atores de verdade: O Mistério do Tosão de Ouro (1961) e Tintin e as Laranjas Azuis (1964), ambos com roteiro de André Barret e argumentos que não fazem parte da série em quadrinhos. Apesar da semelhança de Talbot com Tintin e de um certo sucesso alcançado nos cinemas da época, as duas películas ainda não haviam encontrado a forma definitiva para dar vida a Tintin no cinema. As aventuras foram lançadas nos anos 70 no Brasil, pela Editora Record, em livro ilustrado com fotos. Felizmente, possuo os dois volumes, além de guardar suas versões originais em francês, bem mais luxuosas do que as edições nacionais.
Após estes filmes, as transposições de Tintin para a Sétima Arte continuaram na forma de desenho animado. Em 1969, surgiu uma animação que condensava As Sete Bolas de Cristal e O Templo do Sol. O roteiro de Greg e a música de Jacques Brel não foram suficientes para evitar uma nova decepção. Em 1972, foi a vez do desenho Tintin e o Lago dos Tubarões. Mais uma vez, o texto foi escrito por Greg, apresentando outra história inédita de Tintin. O álbum circulou igualmente no país, pela Record, com imagens extraídas do filme, organizadas na forma de revista em quadrinhos. Os balões com as falas dos personagens foram inseridos posteriormente.
Finalmente, o longa-metragem de Steven Spielberg, baseado em O Segredo do Licorne, de 1947, chegou em 2011 com uma proposta digital totalmente inovadora, embora não tenha sido uma unanimidade entre os fãs. Com produção de Peter Jackson e contando com Jamie Bell (Billy Elliot) no papel principal, foi realizado com técnicas de captura de movimento (CGI).
Na minha opinião, nenhum desses que citei reflete verdadeiramente o espírito de Tintin, personagem feito na medida para as páginas de uma banda desenhada! 00Penso que ele jamais deveria ter saído do papel!
PH.
Por PH.
Imagens: © Hergé / Casterman
Que bacana não sabia da existência de outros filmes de tintin!!