Editado em 2005, Décime-moi un maton tem arte do canadense Yves Rodier, artista que ficou mundialmente conhecido por uma versão não oficial de Tintin e a Alpha-Arte, e texto de François Corteggiani (Blueberry, Pif).
Na trama do álbum, Boris Dolovine é um malandro, vigarista e desenhista, criador do personagem Bibou, que tenta escapar da penitenciária de Grossmoch. Enquanto bota seu plano para funcionar, acaba sendo perseguido pelos guardas da prisão, que atiram no helicóptero que deveria servir de trampolim para a liberdade do fugitivo. O aparelho, que mal acabou de decolar de um pequeno aeroporto, explode em pleno ar, matando Boris. Seu falecimento é sentido pelos fãs de quadrinhos, já que Dolovine era uma espécie de astro nesse meio. Mas teria ele realmente partido desta para melhor? A dúvida surge quando M.Facelvaga recebe uma ameaça de morte assinada por Boris Dolovine. Estranhando aquele misterioso fato, Facelvaga apela para os serviços de Simon Nian, um advogado apaixonado por HQs que começa a fazer uma investigação junto às editoras para as quais Dolovine chegou a trabalhar, entre elas, as Edições Traknar. É esta empresa que detém os direitos autorias sobre Bibou. Seus dois diretores também receberam cartas ameaçadora de Dolovine. Nian descobrirá muitos segredos inimagináveis neste intrincado caso. Por curiosidade, o título da HQ faz paródia óbvia com Dessine moi un mouton, célebre frase de O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
Em relação aos álbuns publicados de Nian, e que fecham a coleção, ainda existem outros dois que trazem o trio Rodier (arte), Corteggiani (roteiro) e Vittorio Leonardo (cor). São eles: Les démons de Pertransac (2006) e L’Exposition Maudite (2011). Toda a franquia, inédita no Brasil, possui a marca da francesa Glénat,
Herdeiro nato da Escola de Marcinelle e influenciado por Gil Jourdan, Yves Rodier trabalhou em Pignouf et Hamlet, pelas Éditions Mille-Îles. Em 1996, ganhou o prêmio “Espoir Québec” do Festival de Quadrinhos de Québec por seu trabalho nesta série e por várias homenagens prestadas a Hergé, todas elas sem a aprovação da Fundação Hergé. Recentemente, afirmou estar deixando o mundo da banda desenhada.
Por PH.
Outro elo perdido entre a linha clara e a escola do Franquin…
Que pena que o autor vai abandonar o ramo!!!!!!!!!!!
Pela resenha já dá para imaginar fortes emoções nesta aventura.