Uma das mais legais séries em HQ que venho acompanhando é Johanna, criada por François Walthéry, o pai da aeromoça Natacha. Dessa franquia, também participaram Di Sano, Mythic, Georges Van Linthout e Fritax. Ganhei quatro volumes de Johanna, presenteados pelo amigo Artur Vecchi e desde então, não os larguei mais. A resenha dos tomos 1, 2 e 3 da coleção já foram publicadas no Tujaviu.
Trata-se de uma saga extremamente sensual, bem mais do vemos em Natacha. Cenas de nudez e sexo estão por toda a parte, desenhadas graciosamente por Walthéry, mostrando a protagonista como veio ao mundo e desfrutando dos prazeres da carne.
Sem dúvida alguma, o volume 4, Johanna: La Dames des Sables (Johanna: A Dama das Areias), é a melhor das quatro histórias de Johanna que tenho no acervo. Saiu em 2005 na Bélgica, por Joker Editions, e continua inédita no Brasil.
Depois de ter seu cérebro transplantado no corpo de uma gostosa e virar Johanna, uma espécie de homem lésbica, o hétero agente de seguros Antoine Aubert enfrenta a loucura de terríveis nazistas que também transferiram sua mente para lindas beldades e que desejam dominar o mundo. Nosso herói/heroína foge então para o Egito, ajudado por um misterioso mascarado, onde é capturado no deserto por um grupo feminino pertencente à última e subterrânea colônia do continente perdido da Atlântida. O local é povoado por lindas mulheres sedentas por sexo com outras fêmeas. Os poucos homens que existem nessa sociedade à parte de nosso mundo foram transformados em escravos para trabalhar em minas de diamantes. É nelas que, de vez em quando, aparece uma guarda tarada que sequestra um desses infelizes para lhe prestar serviços sexuais. Fora esses raros casos, essas maravilhosas guerreiras gostam mesmo é de se pegar entre elas. Não seria um paraíso para Antoine/Johanna? Mas surpresas inesperadas podem estar a caminho! Logo, Johanna descobre que a chefe da comunidade e todas as suas seguidoras vivem se regerando numa espécie de fogueira que mantém sua jovialidade. Se não o fizerem, voltam a ser velhinhas de centenas de anos. No caso da rainha, este recurso está se tornando quase ineficaz para ela, já que recorre cada vez mais ao processo. Sabendo que sua fonte de juventude eterna pode estar chegando ao fim, propõe à Johanna que seja a nova líder do do santuário. Será que a oferta será aceita por nossa exuberante amiga ou tentará fugir, recusando a imortalidade? E quem será o estranho que a auxiliou e cuja a identidade ainda é desconhecida? Paralelamente a esses fatos, uma grande potência monitora a aventura de Johanna e de seu protetor.
Como o traço da HQ é caricato e lembra aquele estilo franco-belga de Spirou e de outros personagens europeus da Nona Arte, toda a sacanagem contida nas trama fica amenizada por uma certa ingenuidade e infantilidade no visual dos personagens. Tudo é emoldurado por muito humor e cenários deslumbrantes. Adorei! Obrigado, Artur!
Por PH.
O título já me conquistou.