Uma das HQs mais legais que li nos últimos tempos faz parte da série Johanna, criada por François Walthéry, o pai de Natacha. Ela se chama Johanna: Une femme dans la peu. Dela, também participaram Di Sano, Mythic, Georges Van Linthout e Fritax. O quadrinho, junto com mais três da coleção, foi um presentão do amigo Artur Vecchi. O mínimo que podia fazer para agradecê-lo, seria fazer sua resenha, o mais rápido possível, no que deverá se tornar o primeiro resumo desta obra em português.
Abusando de sensualidade, esta saga vai um pouco mais adiante no quesito erotismo, exibindo muito mais do que a aeromoça Natacha já deixou à mostra. É um festival de bustos, glúteos e ângulos femininos privilegiados. Como o traço é caricato, o efeito final chama atenção! Tudo acaba tendo um pouco aquela cara de Asterix e Spirou, mas não se engane, pois esta BD é para adultos!
Este primeiro volume que conferi, Une femme dans la peau, corresponde à segunda edição desta banda desenhada de 1994. Saiu na verdade em 2000 e tem autoria de Fritax (texto), Walthéry (arte) e Georges Van Linthout (cores). A marca é a de P&T Production/Joker Éditions.
A história vem da Bélgica, mas se passa na bela Paris. Antoine trabalha numa empresa de seguros e é um tarado de carteirinha. Rodeado pelas colegas de trabalho mais gostosas do pedaço, ele passa os dias entre assuntos profissionais a resolver e nádegas e seios fartos que desfilam perto de sua mesa. Ele gosta mesmo da coisa! Em sua casa, no quarto, a situação não é diferente, com revistas de mulheres peladas e posters de monumentos femininos desnudados nas paredes. Um belo dia, este cidadão que só pensa naquilo deixa a seguradora, no final do expediente, rumo ao lar. Antoine pega o metrô e na hora de sair, vê uma morena de arrasar quarteirão se afastando do vagão. Ele a segue, ainda na estação, e continua em seu encalço pela rua. Apenas olhando fixamente para seu traseiro, sem que a jovem perceba, ele atravessa uma rua, não prestando atenção ao tráfego de veículos. Como resultado, é atropelado e levado em estado grave para um hospital, ao mesmo tempo em que uma linda e exuberante jovem de 17 anos chega morta, após sofrer uma overdose de drogas. Para azar, ou sorte de Antoine, um médico que trabalha no hospital, num verdadeiro misto de Doutor Frankenstein e Josef Mengele, faz experiências clandestinas com as vítimas que falecem no local. Seus corpos são então desviados para o tal monstro da medicina e sabe lá Deus o que acontece com eles. No caso do desenganado Antoine, seu cérebro é transplantado para a garota, cujo corpo estava ainda perfeito. Dois meses depois, o agente de seguros acorda como mulher e terá que se acostumar a seus novos e sensuais apetrechos, incluindo cabelos louros exuberantes, traseiro absurdamente privilegiado, tetas apetitosas e um ar de fêmea irresistível. O detalhe é que Antoine ainda continua com cabeça de homem e gostando de mulheres. Dá para imaginar a confusão que isso tudo isso originará?
Assim que der, publico as resenhas dos outros três álbuns. Por hora, mostro imagens da capa e uma das pranchas deste tomo 1, que eu consegui no site http://www.bdgest.com/, além de exibir a foto que tirei de todo o conjunto, assim que o recebi. Obrigado de coração ao amigo Artur Vecchi pelo inestimável presente. E se alguém perguntar o que me leva a escrever sobre álbuns em francês que nunca deram as caras no Brasil, respondo que é para que o leitor saiba o que está perdendo, por estas publicações não chegarem em nosso país!
Por PH.
O trabalho dele e incrível! Herdeiro do mestre dos quadrinhos Belgas, François Walthéry é um cartunista e escritor de quadrinhos, nascido em Argenteau – na região de Liège em 17 de Janeiro de 1946 {69}.Publicou seu primeiro desenho em 1961, por ocasião de um concurso organizado.Peyo, o criador dos Smurfs,ficou encantado com sua arte é o contratou como assistente imediatamente.
Nossa, essa HQ parece o filme Switch – Trocaram meu sexo (1991) com a Ellen Barkin. Castigo pra qualquer onanista.
Baixei esses dias Natacha e os Dinossauros, do Wálthery também, e não me animei muito a ler… Os dinos não estão caprichados.