Os ventos parecem soprar a favor do quadrinho europeu no Brasil. Uma das editoras que mais tem feito lançamentos deste gênero, tem sido a mineira Nemo. Fora do eixo Rio-São Paulo, o selo tem ousado, ao colocar belíssimos álbuns encadernados nas livrarias. Empregando o verbo ousar, nos referimos ao fato dos gibis vindos do Velho Continente, não serem uma preferência nacional, quando o assunto é quadrinhos. Raramente editados em nosso país, este tipo de HQ, geralmente chega à venda em brochura. A escolha é sempre feita, orientada por uma questão de preço. Um livro de capa mole é sempre mais barato. Neste quesito, e em muitos outros, a Nemo parece estar invertendo a ordem natural das coisas. Sua última publicação, Corto Maltese – A Juventude, é uma verdadeira obra prima, não deixando nada a dever para seu similar francês. Por justos R$ 45,00, o leitor terá em mãos, um artigo de luxo com 96 páginas, impresso em papel especial e recheado de fotos. Tudo isso, no grande formato de 21,5 x 28,5 cm. Neste ponto, alguém poderá pensar que o valor citado acima é salgado demais para o bolso do leitor brasileiro, mas na hora em que a gente bota a mão no produto, percebe que ele poderia custar até mais. Isso, sem mencionar o fato de que estamos falando da mais pura cultura e que esta não tem preço. Estivemos na Rio Comicon do Rio de Janeiro, em 20 de outubro de 2011, onde encontramos o exemplar com facilidade, na Livraria da Travessa. Para quem ainda não conhece, o marinheiro Corto Maltese, é um personagem criado pelo italiano Hugo Pratt e faz parte de uma linha de HQs, muito apreciada em países como França e Bélgica, onde os quadrinhos, há muito tempo, foram elevados à categoria de arte. Para ser mais preciso, passaram a ser chamados de Nona Arte. A exemplo de Tintin, Maltese já andou pelos quatro cantos do mundo, indo da Sibéria às Américas. Mostrando os fatos ocorridos na juventude de Corto Maltese, este álbum é um prato cheio para quem gosta de quadrinhos de qualidade. Desde que a portuguesa Editora Meribérica fechou as suas portas no Brasil, não acontecia tamanha revolução no mercado editorial de quadrinhos no país. Parabéns à Editora Nemo, pelo maravihoso trabalho desenvolvido!
Por PH.
Que álbum lindo tujaviu nossa fiquei encantada muito bonito caraca não sabia que editora Nemo e a que mais faz lançamentos deste gênero e tão pouco que ela e mineira uai da minha terra que surpresa apesar de já ouvir falar nela aqui no blog não sabia desse detalhe não vou mentir para agradar ninguém não sabia mesmo valeu pela matéria e pela curiosidade sobre essa editora muito legal obrigado