Clint Barton, mais conhecido como Gavião Arqueiro (Hawkeye), esteve nos últimos tempos nas páginas da revista Capitão América & Gavião Arqueiro. O personagem tem chamado atenção, em virtude do novo e revolucionário estilo que ganhou dos desenhistas espanhóis David Aja e Javier Pulido. Bem mais em sintonia com o quadrinho europeu atual, o herói começou a ser publicado com esse jeitão renovado em agosto de 2012, trazendo roteiro de Matt Fraction.
O material começou a chegar ao Brasil em belos volumes integrais em capa dura. O primeiro, Gavião Arqueiro: Minha vida como uma arma, já está nas bancas e inclui as edições 1 a 5 de de Haweye e Young Avengers Presents 6 da coleção original da Marvel. Que me desculpem os mais puristas, mas por pensar que o traço de Young Avengers, de autoria de Alan Davis, não agrega nada de novo ao universo dos super-heróis, esta história não será o foco deste artigo. Me concentro então neste dois primeiros Hawkeye, de diagramação mais conservadora, cores chapadas e estilo Nona Arte.
Na primeira HQ, desenhada por Aja, Clint Barton não veste uniforme colante ou máscara e vive reclamando que não tem super poderes. Age como um humano normal, toma porrada, sangra e ainda tem tempo para salvar um cão da morte. Em sua missão inicial neste quadrinho, tenta evitar que infelizes moradores de um velho prédio sejam despejados. Na segunda trama, também com arte de AJA, o personagem conta com a ajuda de Kate, a Gaviã Arqueira, para resgatar uma ruiva das mãos de uma gangue que roda em carros Mini Cooper. Desta vez, Clint usa todo o seu arsenal de flechas e ainda acaba faturando a perseguida gata! Numa terceira narrativa, Clint e Kate enfrentam um vilão do Cirque de Nuit.
A partir da página 70, as incríveis ilustrações de Javir Pulido dão o tom. Clint está se divertindo em um churrasco no terraço de um prédio quando é levado por uma nave da S.H.I.E.L.D.. Lá, recebe de Maria Hill e do Capitão América a missão de resgatar a uma fita com a gravação da Operação Eucritta e evitar que que venha a público, envolvendo negativamente a própria S.H.I.E.L.D, Os Vingadores, os militares americanos e o presidente dos Estados Unidos. O estilo de Pulido é ligeiramente mais descontraído do que o de Aja, mas muito legal, igualmente na linha do que há de melhor no quadrinho europeu. O visual das pranchas de Javier me lembrou o empregado por Frerik Peeters em AÂMA. E o mais incrível é que há muito humor e uma cena hilária em The Tape. Prepare-se para dar uma boa gargalhada, na hora em que um cartão de crédito é retirado das partes íntimas de Clint!
David Aja começou sua carreira em 2000, em Barcelona. Ele é respeitado na América por ter emprestado seu traço a The Immortal Iron Fist e Daredevil. Javier Pulido ficou conhecido por ter trabalhado em Human Target, Robin: Year One, She-Hulk e The Amazing Spider-Man. Já Matt Fraction é um escritor americano que é detentor do Prêmio Eisner. Entre outros, já roteirizou: The Invencible Iron Man, Hawkeye, The Immortal Iron Fist e Uncanny X-Men. Atualmente, se destaca nas livrarias brasileiras por Casanova, em parceria com os brasileiros Gariel Bá e Fábio Moon.
Gavião Arqueiro: Minha vida como uma arma é uma graphic novel primorosa com papel especial, 152 páginas e preço de R$ 26,90. Já estou louco para ler a segunda que vem por aí! Vibrei muito com essa HQ!
Por PH.
Imagens: Panini Comics / Marvel Comics.
Só pelo título já diz que é carregado de emoção.