Ele é belga e foi criado, por Rob-Vel, em 1938. Já falamos dele aqui no blog. Conhecido pelo seu traje vermelho, fruto dos tempos em que era carregador de malas de hotel (groom), Spirou já teve seus álbuns produzidos por importantes artistas, entre eles: Jijé, Franquin, Nic e Cauvin, Phillipe Vandevelde (Tome) e Jean-Richard Geurts (Janry), Morvan e Munuera, Émile Bravo, Frank Legall, Fabrice Tarrin e Yann, além de Fabien Vehlmann (roteiro) e Yoann (desenhos), autores da HQ que é tema de nossa matéria. Spirou tem como melhor e inseparável amigo, o repórter fotográfico Fantásio. O elenco deste clássico quadrinho já contou, no passado, com a participação do Marsupilami, um curioso bicho amarelado que, hoje, desfruta de carreira solo e histórias próprias. Atualmente, o mascote da turma é o pequeno esquilo Spip. Não podemos deixar de falar no Conde de Champignac, um louco cientista e inventor que só vive aprontando confusões com suas loucas criações e experiências malsucedidas. Só faltou mencionar a figura de Seccotine, única personagem feminina da série, uma jornalista que fez sua primeira aparição na trama La Turbotraction, publicada entre 1953 e 1955.
Durante os anos 1970, a extinta Editora Vecchi editou quatro aventuras de Spirou, um dos mais famosos personagens do quadrinho franco-belga, que passou a ser chamado de Xará no Brasil. Dois desses lançamentos foram feitos através do formato gibi, enquanto O visitante da Pré-História e Uma Mina dos Gorilas saíram como álbuns em brochura. Nesta última história, ainda foi anunciado um quinto tomo do personagem que jamais saiu do prelo. Tratava-se de Os Piratas do Silêncio, presente em foto de capa na penúltima página da HQ.
Encerrando temporariamente as aventuras de Spirou por aqui, o ano de 1996 traria A Luna Fatal, de Tome e Janry, pela Manole, o único álbum em capa dura da franquia que deu as caras no Brasil.
Para a surpresa de todos e o bem da nação quadrinista brasileira, Spirou e Fantásio devem voltar em fevereiro por obra da Sesi-SP. Segundo o Blogs Babel do Estadão, em artigo publicado no dia 16 de janeiro de 2016, a editora já adquiriu 12 títulos da saga europeia e iniciará seus trabalhos com Um Feiticeiro em Champignac (Il y a un sorcier à Champignac) e Quatro Aventuras de Spirou e Fantasio (Quatre aventures de Spirou et Fantasio). O plano é mais ambicioso e envolve o lançamento dos 54 títulos da série.
Por PH.
Nunca houve tanta variedade, tanta gente interessada nas HQs. É impressionante o número de quadrinhos nas prateleiras de uns tempos pra cá.
Melhor notícia do século!
Bons ventos o tragam, Spirou!
Repare que o Spip era mascote da série ainda antes do Marsu aparecer. Foi criação do Rob-Vel!
E o Marsupilami voltou nas histórias novas, agora que a editora comprou os direitos das criações do Franquin.