E pela WMF Martins Fontes chega a israelense A Propriedade, HQ que participou da seleção oficial do Festival Internacional de Quadrinhos de Angoulême, no ano de 2014, recebendo um Prêmio Eisner neste mesmo ano, como Melhor Graphic Album, além de ter faturado o Ignatz Award, Outstanding Graphic Novel, em 2013. O trabalho tem autoria de Rutu Modan e foi todo desenhado num traço que flerta bastante com a Linha Clara, estilo que é uma das marcas registradas de Tintin.
Depois da morte do filho, Regina Segal leva a neta, Mica, a Varsóvia para recuperar uma propriedade da família, perdida durante a Segunda Guerra Mundial. À medida que elas vão conhecendo a moderna cidade, Regina é obrigada a enfrentar as difíceis memórias de seu passado e Mica começa a se perguntar se as razões da viagem não seriam diferentes do que a avó a levara a crer.
Nesta obra, Rutu Modan nos põe em contato com um mundo povoado por velhos rabugentos, funcionários públicos espertalhões e mulheres teimosas. É um mundo cujo realismo se expressa ora no comportamento absurdo das pessoas, ora nas complexas consequências de seus sacrifícios. A sagacidade de Modan reflete perfeitamente no visual claro e linear de seus traços, ao passo que um colorido sutil, quase pastel, complementa as nuances verossímeis de sua caracterização. Profundo e penetrante, elegante e sutil, A propriedade é um triunfo gráfico e narrativo que consolida a inserção de Modan no rol dos maiores quadrinistas da atualidade. Trata-se de uma história de família, segredos e amor.
O quadrinho tem tradução do hebraico de Marcelo Brandão Cipolla, preço de R$ 69,90, capa em brochura, 224 páginas e formato de 23,00 X 16,50 X 1,70 cm.
Sobre a autora, Rutu Modan nasceu em Tel Aviv, Israel, em 1966. Depois de se formar na Academia Bezalel de Arte e Design, em Jerusalém, começou a escrever regularmente e a ilustrar tiras e quadrinhos para os principais jornais de Israel e para a revista MAD israelense. Em 1995, fundou o coletivo Actus tragicus, com Yirmi Pinkus, Mira Friedman, Batia Koltan e Itzik Rennert. Os primeiros números, em preto e branco, foram publicados em inglês, para alcançar um público além das fronteiras de Israel. Em 1996, colaborou com Etgar Keret em seu primeiro quadrinho, Nobody Said it Was Going to Be Fun, um best-seller israelense. Modan contribui para revistas e jornais ao redor do mundo, incluindo New York Times, New Yorker e Le Monde. Teve dois quadrinhos publicados no New York Times: Mixed Emotions num blog de quadrinhos e The Murder of the Terminal Patient nas páginas do New York Times Magazine. Entre seus livros estão Exit Wounds, Jamilti and Other Stories e o livro infantil Maya Makes a Mess.
Na Blooks Livraria, no Rio de Janeiro, tirei algumas fotos de A Propriedade. Gostei muito do que vi!
Por PH, a partir de texto fornecido pelo editor.
Rutu Modan autora de um dos quadrinhos mais premiados e elogiados dos últimos anos, baseada em parte na vida da autora, uma israelense de 49 anos professora de ilustração e HQ em Tel-Aviv. Ao chegar em Varsóvia a personagem acaba descobrindo mais sobre o Holocausto, a vida no gueto judaico e detalhes da história de amor trágico de sua avó. Nesses passeios acaba conhecendo um quadrinista, com quem acaba se relacionando.