Saído da parceria entre o canadense Yves Rodier e o escritor francês François Corteggiani (Blueberry, Pif), Simon Nian é um personagem de BD que bebe na fonte de ícones, como Gil Jourdan (Maurice Tillieux), tanto no roteiro, quanto no grafismo utilizado para realizar as pranchas do quadrinho. Suas duas primeiras aventuras consistem em uma grande homenagem a autores clássicos da Nona Arte, como Franquin e Will. Por curiosidade, logo no tomo de largada de Nian, quem escreve o prefácio é Régine Tillieux, filha do grande Maurice Tillieux.
Nian é um advogado que ama a banda desenhada e que se mete nos casos policiais mais intrincados, através de tramas que possuem muita aventura e humor, no melhor estilo franco-belga.
Em relação aos álbuns publicados de Nian, e que fecham a coleção, contamos três. Décime-moi un maton, fazendo uma alusão à celebre frase do Pequeno Príncipe, é de 2005. Apresenta roteiro de François Corteggiani e desenho e cores de Yves Rodier. Depois desse, trazendo o trio Rodier (arte), Corteggiani (texto) e Vittorio Leonardo (cor), foram publicados: Les démons de Pertransac (2006) e L’Exposition Maudite (2011). Todos tiveram a marca da Glénat. A série também foi parcialmente editada na Espanha, por Netcom2 Editorial. Por lá, só saiu o volume 1.
Yves Rodier nasceu no dia 5 de junho de 1967 em Fanham, Québec (Canadá) e começou a desenhar quando tinha apenas dois anos de idade. Atraído desde pequeno pela linha de quadrinhos franco-belgas, teve nos álbuns de Asterix e Tintin, a sua principal influência. O fato de ter o francês como sua primeira língua também foi fator decisivo, pois mesmo estando a milhares de quilômetros da Europa, em plena América do Norte, acabou tendo contato com a banda desenhada dos artistas mais renomados deste segmento, sobretudo os dos anos 50 e 60. De todos estes mestres, com certeza, o que mais o influenciou foi Hergé, criador de Tintin. Sua paixão por este personagem o levou a desenvolver num estilo semelhante ao do famoso repórter aventureiro de topete. O próximo passo seria o de desenhar um verdadeiro álbum do herói, tarefa que ele executaria com muito afinco, durante cinco anos de sua vida, ao finalizar uma aventura inacabada de Hergé, Tintin e a Alpha-Arte. Apesar do traço muito semelhante ao do original e do belíssimo trabalho realizado, Yves foi impedido por razões legais de publicar sua obra. Esta passou a circular pela internet e caiu no gosto de vários leitores mundo afora, ávidos por uma nova aventura de Tintin. Graças a esta fantástica notoriedade, acabou conhecendo desenhistas famosos, como os falecidos Bob de Moor e Jacques Martin. Todos estes acontecimentos serviram em muito para alavancar a carreira deste artista que, recentemente, anunciou a sua aposentadoria no mundo das HQs. Mas o seu trabalho fica! Trabalhou em Pignouf et Hamlet, pelas Éditions Mille-Îles, e em 1996, ganhou o prêmio Espoir Québec do Festival de Quadrinhos de Québec, por seu trabalho nesta série e devido a várias homenagens prestadas a Hergé, todas elas sem a aprovação da Fundação Hergé, instituição que detém os direitos de Tintin.
A seguir, mostro imagens das capas dos três tomos disponíveis da série, uma prancha de álbum e uma foto em que exibo meus dois únicos títulos da saga. Me falta o número dois!
Por PH.
Nenhuma palavra a acrescentar! Resenha perfeita! Senti tudo que você escreveu!Obrigada por apresentar mais uma raridade da banda desenhada.
Nasci MESMO no país errado…
Eu também!
Dentre as promessas e resoluções pro ano que vem, PH Tujaviu, uma delas é comprar HQs europeias majoritariamente!
Giorgio Cappelli Muito bem!
São fonte de referências para seu trabalho. Este aí da matéria é a sua cara!
Já vi no site do Netcom 2, agora é esperar que esse povo pare de bichice e aceite encomendas de fora da Espanha.
Giorgio Cappelli Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Giorgio Cappelli Deixa de ser bobo e compre aqui: http://libros.fnac.es/a834820/Varios-autores-Una-aventura-de-Simon-Nian-1-Ha-dicho-el-alcalde-que-no-salga-nadie