O Negrinho do Pastoreiro, de André Diniz, chega às livrarias.

A editora Ygarapé Quadrinhos acaba de lançar o álbum “O Negrinho do Pastoreio”, de André Diniz (roteiros e desenhos) e Marcela Mannheimer (cores). A HQ mostra as aventuras deste personagem, ícone do folclore brasileiro, numa adaptação livre que exibe novas facetas da história. “Não me conformei com a passividade do personagem da lenda. Negrinho é tudo, menos um coitado. Ele tem personalidade e iniciativa. Tem vaidade, mas abre mão dela, em troca do que acha justo, num gesto heróico. Dei ao personagem o tempero que julguei que faltava”, fala Diniz do caráter que deu ao personagem. Em relação à sua arte, Diniz completa: “Meu estilo de desenho foi para um caminho leve, sem traços. As cores dariam vida às formas, e um bom trabalho de cores seria a diferença entre desenhos claros e bonitos ou uma massa de formas confusas. O trabalho da colorista Marcela Mannheimer deu ao álbum uma beleza surpreendente.” Parece que esta parceria funcionou de maneira perfeita, traduzindo-se em mais um álbum de qualidade do quadrinho nacional. O Negrinho do Pastoreio tem 64 páginas, e foi impresso no formato de 17 x 24 cm, custando R$ 23,00. Só para lembrar, de acordo com o Wikipédia, O Negrinho do Pastoreio é uma lenda afro-cristã, bastante difundida no final do século XIX, pelos brasileiros que defendiam o fim da escravidão, sendo muito popular no sul do Brasil. O protagonista é um menino escravo, conhecido como Negrinho, que serve a um dono muito malvado. Maltratando a criança de todas as formas, seu proprietário, após inúmeras surras, joga o garoto num formigueiro, para que os insetos o comam vivo. Três dias depois, o estancieiro volta ao local e vê Negrinho em pé, com a pele lisa, e retirando as últimas formigas do seu corpo. Em frente a ele está a sua madrinha, a Virgem Maria, indicando que Negrinho agora se encontra no céu. A partir daí, passam a ser vistos vários pastoreios, conduzidos por um negrinho, montado em um cavalo baio. Sobre o selo que publica o livro, A Ygarapé Quadrinhos surgiu, em 2011, originária de sua irmã gêmea, a Ygarapé Editorial, voltada para literatura infantil e juvenil. Ambos são selos da Adler Editora. Já André Diniz é carioca, morador de São Paulo, roteirista, desenhista e escritor. Diniz possui diversos títulos publicados por sua própria editora, a Nona Arte, e por outras, entre elas: Record, Conrad, Escala Educacional e LeYa. Em reconhecimento à sua obra, já recebeu 14 prêmios desde o ano de 2001.

Por PH, baseado em release fornecido por André Diniz.